domingo, 4 de setembro de 2011

HORIZONTE

Por Pedro Du Bois (Itapema, SC)

Ter ficado fechado não me fez ausente.
Amante e amado recobro o inconsentido
da partida. Barco ancorado, desço
à terra e afirmo os pés sobre a areia.
Arenosa forma de ser seduzido ao encontro
da mulher transitada em imóveis pernas.

Apelo ao vão da porta onde trancafio
espias. Na apologia remanescente
sinto o encadear dos sinos desabalados.
Não saio de mim: resisto à voz metálica
dos avisos. Avisto o barco derivado
em águas inauditas.

Encerro o texto e retorno ao convívio.
Ao escurecer o galo cessa a cantoria.

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