quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O PODEROSO AMOR


Por Vânia Moreira Diniz

Falar de amor apesar de ser um tema universalmente vivido, discutido, enunciado é complexo e extremamente difícil. E isso porque esse sentimento engloba diversas categorias. Poderemos falar do amor universal então. Que carrega todas as espécies do verdadeiro amor.
Nascemos de um ato de amor, crescemos e nos desenvolvemos vendo falar dele diariamente e para muitos isso pode ter parecido quase uma rotina.
Sabemos, entretanto que jamais e em tempo algum esse amor sentido, capaz de doações e carinho poderá ser confundido com uma rotina. Ao contrário, ele é inovador, vibrante e intenso. Quando abrigado ao calor do verdadeiro sentimento ou aquecido pela fagulha de um afeto profundo é capaz de dedicação e gestos até incompreensíveis. Nada é mais rico do que o autêntico amor.
Muitas vezes, porém é confundido, vilipendiado e mal compreendido. Em ocasiões inúmeras, usadas como mero artefato para sobrepujar o amor próprio (fruto do egoísmo) que se impõe altivo exigindo em sua mesquinha compleição que todos ao redor o proclamem verdadeiro senhor.
Todas as formas desse sentimento maravilhoso são tocadas de estranho e poderoso magnetismo positivo. Ele estimula, eleva e dá forças àquele que está enfraquecido por qualquer razão. Faz com que as pessoas tenham uma motivação e lenitivo para se sentirem felizes e autenticamente realizadas. Isso porque quem ama e é amado adquire uma maior força perante a vida.
Há, todavia diversas formas de amor e a maioria delas pela suas próprias características exigem reciprocidade. Uma reciprocidade sadia. Sem isso não há amor, apenas uma fixação.
A única exceção é o amor de pais para filhos e principalmente da mãe.Esse é um tipo de sentimento tão excepcionalmente profundo e oriundo da verdadeira doação que independe de como os filhos possam reagir.
O que quero enfatizar agora me referindo ao amor romântico e tão cantado é a vértice de fascinação que o encobre seja qual for o ângulo em que nos posicionemos. Analisá-lo seria difícil demais levando em conta que acabaríamos por pesquisá-lo nos mínimos detalhes. E não é isso que me proponho agora. O que desejo realçar é a fantasia também muita importante dentro do próprio sentimento que faz com que duas pessoas se sintam atraídas e totalmente deslumbradas por alguém e não lhe atribua os defeitos inerentes e naturais.
Sem isso os sonhos tão importantes no desenrolar de uma relação romântica não existiriam e ruiriam levando com eles esperanças e ideais tão necessários à própria vida.
Em meio às solicitações profissionais, aos deveres inadiáveis, ao sucesso em qualquer campo da vida e a todas às solicitações tão importantes e mensuráveis esse lado vamos dizer lúdico se impõe de uma maneira absolutamente primordial. Sem ele não teríamos a nutrição do espírito e não seríamos devidamente alimentados para conduzir o lado objetivo da existência.
Mas agora quero falar de um aspecto misto de doçura e fortaleza que faz de nossa caminhada um objetivo e uma necessidade. O amor humano pelos semelhantes, por quem está ao nosso lado ou mesmo distante por imposições geográficas e físicas. A quem precisamos amar ofertando um pouco de nós mesmos. Isso não fará bem somente a quem recebe, mas certamente e muito a quem oferta. É necessário quase como um ato de egoísmo. Egoísmo positivo e indispensável.
Um olhar de amizade, um sorriso de compreensão, um gesto ameno, uma expressão suave poderá ajudar a quem está atravessando um momento difícil como nos socorrer se isso nos for doado em um percalço inesperado e por vezes conflitante.
E uma palavra, uma idéia, um pensamento; que poder de sedução humana e necessária! A sedução que faz com que pessoas desesperadas ainda possam voltar à vida e vivê-la com a intensidade que sempre sonharam, olhos abertos, mentes positivas e alertas e a esperança que sempre deverá brilhar em qualquer caminhada.
Isso sem falar do amor do amigo que anseia para que o outro seja feliz, estimulando-o na hora certa e consciente de seu carinho necessário. O que une as pessoas independentes de sangue ou pátria é o amor e na amizade temos esse divino recurso: Podemos escolher.
Para cada tipo de amor existem demasiadas formas de sentir e nos transportarmos que se fôssemos pensar nisso talvez não houvesse tempo para a adversidade maior que a vida pode impor a alguém que é qualquer tipo de mágoa nociva. Ela aniquila, devasta e torna as pessoas frágeis e enfraquecidas. E o amor se imporá sempre vitorioso porque muito mais denso fantástico e dominador. O outro lado sempre existirá em nosso planeta para que possamos sentir o poder do verdadeiro amor: Magnânimo, irresistível, fascinante e desesperadamente poderoso.

(Visite o Portal Vânia Diniz http://www.vaniadiniz.pro.br )

(Publicado na Revista Cerrado Cultural nº 01/2009)

Nenhum comentário:

Postar um comentário