sexta-feira, 1 de maio de 2015

A VOZ DO AUTOR: ANTONIO FRANCISCO DE PAULA

BRASÍLIA PARA NO AR (BANDA DL-50)

Banda brasiliense DL-50

CATEDRAL DE BRASÍLIA, BRASÍLIA, DF

Por Paccelli José Maracci Zaher


(arte computacional)

PEREGRINO

Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)

Ouve o canto
             canta
             acompanha
             a voz
             distante: o peregrino
                            avança passos

            destinado
            a se saber
                 só

                 entre cânticos.

CATEDRAL DE SÃO SEBASTIÃO, BAGÉ, RS

Por Paccelli José Maracci Zahler


(arte computacional)

SOBRE POMBAS

Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)

Muitas voltas dá a pomba
                        até pousar
                      no galho
                        acima do telhado.

                Receia o pássaro
                 os lugares abaixo:
        prefere a visão alongada
        da paisagem.

Fica a pomba à espera
de ser descoberta: novidades

chegam antes do entendimento.

BIBLIOTECA NACIONAL, BRASÍLIA, DF

Por Paccelli José Maracci Zahler


(arte computacional)

MILAGRE

Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)

Espera o milagre
nos olhos fechados: a visão
inaudita resulta em tentações.

                 O milagre
                 reflete a verdade
                 inalcançável.

Espera o repasse
das horas entre ventos

e o dissabor do destino.

PRAIA DE IRACEMA, FORTALEZA, CE

Por Paccelli José Maracci Zahler


(arte computacional)

PRIMA-DONNA DE ÉBANO

Por Samuel da Costa (ALB, Anápolis, GO)

(Para Luana D'Oliveira)

Nas noites gélidas sem fim
Tu és o vento encantado a soprar
São sussurros murmurejantes
Prantos noturnos orvalhados ao luar...

A tua voz musselinosa...
São sinfonias do ocaso
A bradar lágrimas sonoras

  Arcangélica e augusta és...
Sagrada em ritos pagãos
Tu és a ninfa encantada dos bosques...
A minha negra Valquíria
A vagar na imensidão do universo infindo

És a negra Valquíria!
Que me abraça na hora derradeira
És a flor negra...
És a Halfeti...
A que vem me buscar
Pela graça imortal das deusas e deuses
Há muito esquecidos!

 É no verdadeiro fim
 Vens com teu abraço glacial
Abraçar-me e dilacerar
A minha alma imortal

E na hora extrema
Na hora derradeira
E partimos juntos
Para além do infinito