terça-feira, 1 de setembro de 2015

ANTI-CLÍMAX

Por Samuel da Costa (ALB, Anápolis, GO)

Perco-me em um labirinto virtual
De sons, cores e imagens...
Neste entre séculos!
***
Mais que de repente
Descubro que nada sou
 E que não tenho lugar!
Efetivo neste mundo...
Pós-moderno liquefeito!
***
Descubro que as minhas memórias
Foram todas clonadas
Digitalizada e coletivizadas,...
E replicas ao extremo
Curtidas, comentadas e compartilhadas!
***
Descubro sem demora
Que não tenho mais privacidade
 Pois mil monóculos digitais me vigiam
Vinte e quatro horas
***
 Em plenitude
Percorro um labirinto cibernético
De sons, cores e imagens...
E mais que de repente
Procuro-me em meio
A multidão dissoluta
E não me encontro
 ***
Em plenitude
Corro e percorro
Nas vias congestionadas
Virtuais!
Em tempo presente
E tempo futuro
Tateio no escuro

Em meio em tanta mutação

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