sexta-feira, 1 de abril de 2016

A VOZ DO AUTOR: JORGE AMÂNCIO

SEM PALAVRAS

Por Jorge Amâncio (ALB, Brasília, DF)

vestiu-se
para um adeus
elegantemente
chegou ao velório
decorou o ambiente

silencioso
sentou à cabeceira
de corpo presente
rezou o rosário
chorou longamente

levantou-se
para o último beijo
solenemente
fechou o ataúde
caminhou lentamente

amoroso
partiu para a vida
com a metade ausente
reaprender a morre
sossegadamente


Dieffenbachia amoena

Por Jorge Amâncio (ALB, Brasília, DF)

quarta feira: dia de reis

natal e ano novo
desempregado

os pequenos
pele e ossos
trapos e preces

o passo lento cabisbaixo
nem diamba para distrair

desolado uma solução
o silencio é a resposta

mãos nos bolsos
dureza no rosto
última refeição

quinta feira sete de janeiro
manchete dos jornais:
Três corpos sobre a mesa: pai e filhos
Melchior (31), Gaspar (3) e Baltazar (2)

Na mesa um resto de salada de Comigo-Ninguém-Pode.


BREVE ENCONTRO

Por Jorge Amâncio (ALB, Brasília, DF) 

ele entra
passa a roleta
senta no corredor

ela na janela
segura a bolsa
com um tesouro
ou
sete corações
transplantados

ele
sorri para ela

ela
desagua em suor
a tremer os lábios
a querer falar
a apertar a bolsa
a sufoca-se

ele a toca
preocupado
cuidadoso

ela
num suspiro
assustador
desfalece

ela

morre de negrofobia

EM HIALINAS PALAVRAS

Por Samuel da Costa (ALB, Anápolis, GO)

(Para Izabella Silva)

É muito tarde
Para pedir desculpas
Veneranda amada minha
Para dar-te beijos inflamados
E fraternais abraços infindos
Proferir juras eviternas
 Em hialinas palavras de amor
***
Mas agora é muito tarde
Para nós dois
Luz da minha vida
Pois o nosso tempo já passou
E não volta mais
***
É muito tarde para nós dois
 Meu anjo bom

NÃO! EU NÃO QUERO MAIS SER NEGRO!

Por Samuel da Costa (ALB, Anápolis, GO)

Cansei de ser negro
De ser parado pela polícia
Ser confundido com um bandido qualquer
De ter relações promíscuas com os políticos
Sendo sempre massa de manobra
Na mão de algum abnegado...
Não! Eu não quero mais ser negro
Ser minoria nas universidades
Ser tachado de preguiçoso...
Ser o primeiro de lista dos desempregados
Não quero ficar para trás
De tudo
De todos
Das oportunidades
De um futuro melhor
Não quero mais ser negro
Ser excluído de todas as formas
De todas a maneiras
Definitivamente estou casando de celebrar
Meus ritos escondidos
Dos olhos da sociedade
Não quero mais ser negro
E ter a responsabilidade de ser:
No melhor no futebol
Ser bom no pagode
Não...
Não quero mais ter um passado
negro
Que cheira a escravidão
Que cheira a dor
Quero renunciar ao meu futuro
De dor
Não quero mais ser negro
Chega de sofrer
O banzo pós-moderno

COM LICENÇA, EU VOU À LUTA

Por Samuel da Costa (ALB, Anápolis, GO)

(Para Tais Carolina Rita)

Meu senhor vai bem!
A colheita foi boa!
Este ano...
Este século...
Para o meu senhor tudo vai bem!
Alguns negros fingiram!
Outras negras pariram,
Muitos outros...negros!
Meu senhor a colheita foi boa!
Este ano!
Este século...
Foi boa
Os Negros?
Os negros!
Alguns morreram...
Alguns Forros
Mas outros ficaram
Meu senhor
Meu amo...
Meu sinhô
A colheita foi boa!
Mas as correntes enferrujaram
Sinhô
E os negros e negras
Forros
Não estão mais aqui
Contudo preferiram
Ficar!
Livres!
Dispersos!
Por ai em qualquer lugar

NO VALE DO ESQUECIMENTO PERPÉTUO

Por Samuel da Costa (ALB, Anápolis, GO)

Quando a malta passar
Não vão me encontrar
Pois há tempos não me encontro
Onde eles pensavam que eu estaria
***
Faz muito tempo que parti
Fui até o Vale do esquecimento perpetuo
Colher negras flores
Para o meu negro funeral de ontem
***
Quando a turba ensandecida passar
Sedenta por sangue inocente
Não vão me encontrar
Pois há séculos
Não estou mais estático
Como eles pensam que estava


DENOUEMENT

By Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)

In denouement
I close the door
and  inside
I forget
the time
allowed
to philosophical
thinking

I care and zeal
my granted time
in random disillusion
of mistakes

I close the notebook
and rest the hand
above time

the lifeless graffiti
on confessed reasons
in judgments.

(versão Marina Du Bois)


DESFECHO

Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)

No desfecho
fecho a porta
e dentro
esqueço
a hora
permitida
aos pensamentos
filosóficos

o desvelo com que cuido
meu tempo permitido
na desilusão aleatória
dos enganos

fecho o caderno
e repouso a mão
sobre o tempo

o grafite inerte
sobre razões confessadas
em juízo.


SCUNNERS

By Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)

I dislike the nausea expressed
feelings: the water level raised
to the disgust endeavor.
The body pushed to the bottom
of resumption in another way: feelings transiting in informality
odiums and loves outworn in negative
tastes linked to the memory. I realize the
imperceptible mistake and I amplify thee
in exernal knowledge
where the established gesture
recovers the sense: the retiring
disgust gives the space
where I retract myself: the scunner
hinders the cobbles movement
in unthought memories.

(versão Marina Du Bois)


DESGOSTOS

Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)

Não gosto do sentimento expressado
em náuseas: ondas elevam o nível
d’água ao extremo desgosto.
No afogamento o corpo levado ao fundo
do recomeço em outra forma: informalidade
com que sentimentos transitam
ódios e amores desgastados em gostos
negativos atrelados à memória. Reparo
no erro imperceptível e o amplifico
em externo conhecimento
onde o demonstrado gesto
recupera o sentido: retraído
o desgosto gera o espaço
em que me recolho: o desgosto
tolhe o movimento empedrado
em irrefletidas lembranças.


EQUAL

By Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)

The multiplied little: the everlasting trait
of a time lost kinship: forgotten.

Death available in alternatives:
war disintegrating the body
leading to unknown.

The mistreated little in demonstration
equality's atavistic.


(versão Marina Du Bois)

IGUAIS

Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)
  
O pouco multiplicado: marca permanente
do parentesco perdido no tempo: esquecido.

Morte disponibilizada em alternativas:
guerra fragmentando o corpo
conduzido ao desconhecido.

O pouco maltratado na demonstração

atávica da igualdade.

TO WAIT

By Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)
  
the unfinished building, the blocked road,
the time covert: the wait reduces
                              life
                              to mistery.

Yearn the blessed moment
and accomplish on the trice
of conquest.

Review the discovered ground, the pioneered
path,the mornings’ bright space
in the winter. The luminosity highlights
the wait’s inconvenient
touch of nostalgia.

(versão Marina Du Bois)


ESPERAR

Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)
  
o prédio inacabado, a estrada bloqueada,
o tempo encoberto: a espera reduz
                                     a vida
                                     ao mistério.

Ansiar o momento aventurado
e se realizar no átimo
da conquista.

Rever o terreno descoberto, o caminho
desbravado, o espaço brilhante das manhãs
de inverno. A luminosidade destaca
a contrariedade com que faz da espera
o toque de saudade. 


FLAMES

By Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)

The lit candle holders
an open window at night: strange feelings
crossing spaces. On the moist earth the road
crumbles into steps. The trembling flame
offers itself to the wind. The air rarefies
consumed by the fire. Closed window
offers inner landscape.


(versão Marina Du Bois)

CHAMAS

Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)

Candelabros acesos
janela aberta à noite: estranhos sentimentos
cruzando espaços. Na terra úmida a estrada
se desfaz em passos. A chama trêmula
se oferece ao vento. O ar se rarefaz
consumido pelo fogo. Fechada a janela

oferece a paisagem interior.

CORDEL DA MULHER

Por Gustavo Dourado (Presidente da Academia Taguatinguense de Letras, Taguatinga, DF)

Homenageio a Mulher
E faço deferimento
A mulher é nossa luz
Estrela do pensamento
Multigaláxia infinieterna
Nas ondas do firmamento

Sem mulher não tem História
Nem arte nem nascimento
Da mulher nascem homens
E o Deus do sentimento
Nasceu Jesus, Gandhi, Einstein
E muita gente de talento

A mulher é gen.semente
Que germina a humanidade
Dá mulher brotam os deuses
Fecunda-se a sociedade
Sem mulher não há graça
Se tem mulher… há liberdade

Da mulher nasceu Cristo
Luther, Lennon, Maomé
Santos Dumont, JK
Castro Alves e Pelé
A mulher faz a História
Com amor, trabalho e fé

Da Mulher tudo provém
Até mesmo a divindade
Des.confio que em Deus
Haja feminil.idade
Na costela da mulher
Nasceu a felicidade

No umbigo da mulher
Germina a panaceia
No olhar da pitonisa
Na boca de Amalthea
No coração do planeta
Palpitalmãe de Rhea

Salve a mulher todo sempre
Minuto-hora, dia e ano
Na mulher eu me inspiro
Nas sereias do oceano
Nas amazonas dos rios
Mulher em primeiro plano

Mil flores às mulheres
Por tudo o que elas são
A Mulher é Natureza
É a beleza em ação
A Eternidade é Mulher
Num infinitom coração



SABER INGLÊS, É SER CULTO?

Por Humberto Pinho da Silva (Vila Nova de Gaia, Portugal)

Em 1891, dois anos após o falecimento de Cruz e Silva, foi editado em Paris “O Hissope”, obra-prima do poeta.
No Canto V, narra a visita que o deão da Sé de Elvas, José Carlos de Lara, fez ao Convento dos Capuchos.
Ao percorrer a cerca do mosteiro, deparou com espanto com estatueta. Na base havia o nome de alguém, antecedido de Monsieur. Interrogou curioso a padre jubilado, que repousava no claustro, se tal individualidade era francesa.
Responde-lhe, solicitamente o padre-mestre:

“ (…) Não se admire.
Que isto está sucedendo a cada passo:
Ao pé de cada esquina, hoje, sem pejo,
Se trata de monsieurs os Portugueses.
Isto, senhor, é moda; e, como é moda,
a quisemos seguir; e sobretudo
                        mostrar ao mundo que francês sabemos.”

Passaram mais de duzentos anos e a mania do estrangeirismo, agora anglicanismo ou americanismo – será complexo de inferioridade?! – continua. A diferença é que o francês deu lugar ao inglês.
Treinador de futebol é mister; fotografia tirada pelo retratado, é selfie; ama é baby-stter; filme publicitário, é trailer; camisola de algodão, é T-shirt; vaporizador, é spray; atraente, é sexy; passatempo, é hobby, e por ai adiante…
Ao deambular pela minha velha cidade, encontro tantas palavras estrangeiras, que chego a duvidar que esteja em Portugal! … Em breve serei estrangeiro na minha própria pátria…
Outrora éramos afrancesados. Eça dizia que a nossa cultura – inclusive a dele, – era francesa. De Paris vinha: a língua, a moda e a civilização.
A obra do genial escritor está enxameada de galicismos. Eça foi excelente estilista – o maior da literatura portuguesa, – mas não purista da língua.
Ninguém consegue aprender a escrever, correctamente, a nossa língua, lendo obras queirosianas.
A tendência de macaquear o que vem de fora, é característico do povo português e brasileiro - ou não fossem irmãos…
Jovem paulistano pediu-me para comprar, na Europa, relógio de marca. Os que eram fabricados em Manaus, não prestavam…Segundo sua opinião. Eram feitos por brasileiros…
Em 1862 A.A. Teixeira de Vasconcelos, em crítica ao livro “ Coração, Cabeça e Estômago “ de Camilo, afirmava:
“ Já não há portugueses. Essa gente que por ai anda que elege e é eleita, que faz leis no parlamento, e que cumpre ou se insurge conta elas, é gente estrangeira
“Pois são lá portugueses esses senhores que dormem em camas de molas, cobertas com édradon, que almoçam chá peko e uchon, que luncham paté de foie gras e sardinha de Nantes, que janta sopa à julienne, boeuf à la mode, salmis de perdreaux auz truffes, e não sei quantas outras francesices; (…)
Agora, para se ser culto, na nossa terra, basta falar fluentemente o inglês; e dizem-me que será analfabeto, no futuro, quem não aprender o mandarim! …
Vai o brasileiro em visita à Argentina, e logo tenta balbuciar palavras castelhanas. Visita o Brasil, o argentino, e exprime-se na sua língua pátria.
Parece haver vergonha de falar português. Há emigrantes de língua portuguesa, em países europeus, que proíbem os filhos de falarem a língua dos avós. Asseveram que é para não sofrerem vexames, na escola! …
Futebolista, jornalista, escritor, cientista, político, que visite ou viva  no estrangeiro, afadiga-se para aprender a língua da terra; todavia raros são os estrangeiros, que residem em Portugal, que aprendem a nossa língua. Há ingleses, que vivem há mais de vinte anos, no Algarve, e só falam inglês! …
Ao abordar este tema, num hotel de Badajoz, com professora reformada, declarou-me: que é devido ao facto de sermos mais inteligentes e mais capazes a aprender línguas! …
Sendo assim, por que somos tão complexados?...
Quando chegará o dia, em que os portugueses e brasileiros, sentirão orgulha na sua língua?


OS MEUS MORTOS...

Por Humberto Pinho da Silva (Vila Nova de Gaia, Portugal)

Se me ponho a pensar no tempo que passou, salta-me, com imensa saudade, à memória, infindável rosário de mortos.
Tantos, que fico pensativo, a refletir:
Como é possível, Deus meu, ter desaparecido os que partilharam comigo: momentos felizes e infelizes da minha existência?! … Como é possível, que familiares e amigos, que me acompanharam em êxitos e fracassos, tenham-me deixado para sempre?!
Mas é verdade! …
Onde estará, agora, o meu companheiro, inseparável amigo, que calcorreava, quase como peregrino, velhas e típicas ruas da Invicta Cidade do Porto?
Sim; onde estará o fiel confidente, que sem pejo, revelava-me, cenas episódios, preocupações, enquanto deambulávamos, em sérias e eruditas visitas de estudo, e pesquisávamos as genealogias de nobres e ilustres famílias portuenses?!
Na companhia amiga de Manuel Maria Magalhães (Alpendurada), palmilhei antigas ruas e ruelas da Cidade da Virgem; vielas e becos bafientos, evocativos de personagens camilianas, como Augusta, moradora na rua Arménia.
Onde estará, igualmente, a boa brigantina, que quase diariamente recebia-me na acolhedora salinha, de aconchegante luminosidade, onde, nas tardes frias de Inverno, ardiam brasas enrubescidas, na antiga braseira de cobre?
Era elegante, meiga, sempre com o acalentador sorriso bailando nos bem delineados lábios, cor de morango.
Acolhia-me, carinhosamente, de coração aberto; eu, rapaz despedaçado pelo turbilhão da vida, e receoso de incerto futuro.
Tinha a bondosa senhora, três filhos; cada qual o mais encantador; todos, me transmitiam, animo, frescura e alegria de uma infância feliz.
Amavam-me – disso estou certo, – com a intensidade e ternura das crianças de coração e alma pura.
Por que têm os jovens de crescerem?
Não seriam mais felizes, mais graciosos, e até, para eles, melhor, ficarem eternamente crianças?
Aos poucos, lentamente, muito lentamente – quase sem se sentir, – tornam-se adultos. Perdem a formosura, as linhas juvenis, a espontaneidade, amolgados pela turbulência da vida e pela sociedade hipócrita e injusta…
Onde estará, agora, também, a boa madrinha Baptista, que tanto gostava de mim; e eu tanto gostava dela?
Visitava-a todos os sábados.
Foi no quintal, da sua casa, onde havia: pessegueiro, que todos os anos se toucava de lindas e graciosas flores cor-de-rosa; glicínia, de cachos roxos, que tudo perfumava; e maciço de roseirinhas-de-toucar, abraçadas a grade de cor parda, que na Primavera desabrochavam em pequeninas flores, aveludadas, brancas como cal, que oloravam, em ondas de perfume, todo o quintal, que passei parte da minha infância… Esse quintalzito era o meu mundo…
Foi com a semanada da madrinha Baptista – chamava-a assim, mas não o era, – que comprei os meus primeiros livros e os meus primeiros chocolates.
Era padre o meu padrinho. Um dia, inesperadamente, recebi um telefonema, convidando-me para passar o mês de Agosto, na sua companhia.
Radiante, aceitei. Sempre desejei viver no campo, entre flores silvestres e animais; entre árvores seculares e searas maduras, prontas para a ceifa.
Nessa encantadora aldeia transmontana, reconheci sobrinho seu. Esbelto rapagão, simpático e delicado.
Com ele, cavalguei entre muros xistosos, por estreitos e agrestes caminhos, que nos levavam a verde prado, que marginava singelo e plácido arroio.
Nele, havia uma vaquinha mansa, de olhos meigos, frondosa figueira, que nos abrigava do sol ardente, e podia-se ver, entre a folhagem, o azul transparente do céu transmontano.
Foram dias de descanso e fraternal convívio.
Meu padrinho faleceu; e o jovem, também. Morreu de morte trágica.
Ambos permanecem no meu coração; sepultados dentro de mim.
Conto, ainda, no imenso rol dos meus mortos, a Maria:
Conheci-a desde a puberdade. Passei, talvez, os melhores momentos da infância, na sua companhia.
Certa manhã abalou para Africa. Carteamo-nos durante meses. Depois casou, e a correspondência extinguiu-se.
Soube da sua morte pelo telefone. Teve prolongada agonia, batalhando com doença, que não perdoa.

Muitas mais figuras partilharam comigo, alegrias e tristezas, ao longo da minha longa existência; mas, as mencionadas, foram as que mais me marcaram, deixando-me na alma, dolorosas cicatrizes, que não desapareceram, porque as gravei dentro de mim.

EU TE AMO

 Por Clarisse da Costa (Biguaçu, SC)

Eu te amo
Numa forma tão simples
E fácil de dizer;

Te amo
Numa forma tão encantadora
E simples de escrever;

Amo-te
Numa forma incomum
E tão envolvente
No meu ser;

Eu amo
Porque te amar
Me faz viver!