quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

CLANDESTINA É A DOR

Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)

Quando a realidade se impõe
Com todo o rigor
Bem diante de mim
***
É quando a festa acaba
E os etéreos amigos se vão
Para além do infinito
Deixando-me sozinha
Com a minha infinita dor
***
Então as luzes simplesmente se apagam
E sibilina noite se vai
Clamo pelo aedo
Mas ele não vem
***
Então
Não sobrar mais nada de mim
Nem uma sombra
Um alento
Um suspiro
Nem um alívio
Nem uma réstia
De luz
Um vestígio sequer de mim

Nenhum comentário:

Postar um comentário