quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

INÉDITO

Por José Carlos Vieira (Brasília, DF)

Não presto para uma história de amor
Sou música velha que não encanta
Livro longe dos olhos
Artista sem moda

Não sirvo para namorar a lua
Dizer coisas bonitas
Pois a beleza dos meus versos
Há muito se perdeu

Não tenho dono nem colo
Vago à beira de uma trilha vazia
A sombra é única companheira

Grito para o destino
Mas ele não ouve
Sigo só

Aprendi que o espelho
Tem outro lado
E não me vejo, não me sinto

A solidão virou poema

Outra vez...

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