segunda-feira, 1 de outubro de 2018

O EVITERNO E O EFÊMERO




Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)


    
     Eu penso na longa marcha que os movimentos sociais das minorias de poder fizeram até aqui. No que a dita oficialidade, o Brasil oficial para alguns, abriu de espaços para as minorias de poder, o Brasil real para os outros. Os espaços em câmaras setoriais nas municipalidades Brasil afora. Eu penso nos muitos encontros, foros, fóruns de debates, nas grandes mobilizações de rua nos grandes em centros urbanos, nas capitais estaduais e na capital da federação. Eu penso nos espaços que os partidos concederam nas suas estruturas de internas, setoriais das mulheres, negros, LGBT, indígenas, sindicais, estudantis e por ai a fora.
     Eu penso e penso muito nos debates nas academias, defesas de teses e estudos afins. E nos enormes avanços, nas últimas décadas, com governos progressistas municipais, estaduais eleitos e na tomada do governo central por forças progressistas via voto popular. Nos muitos prefeitos, governadores e parlamentares eleitos gays, lésbicas, negros, mulheres, indígenas, operários e por a fora eleitos via voto popular.
     Para que serviram e para quer servem agora diante do avanço de um caboclo neofascismo brasileiro. Liderado por uma figura controversa, para dizer o mínimo. Um neofascismo à brasileira, sem líderes, sem organização, sem partido, um movimento de extrema direita espontâneo por fim. Com uma agenda grotesca, até para os padrões dos seus similares europeus.
     Penso se não foi por brincadeira, ou foi de verdade os nacos de espaços de poder ofertado para as minorias de poder até aqui. Se foram espelhos dados como presentes para a gente carregar o pau Brasil para os galeões rumo as metrópolis para enriquecer o rei e a rainha.
Por Samuel da Costa cidadão brasileiro


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