tag:blogger.com,1999:blog-30640485008523458762024-03-29T00:28:15.629-03:00Revista Cerrado CulturalRevista literária virtual de divulgação de escritores, poetas e amantes das letras e artes.
Editor: Paccelli José Maracci Zahler
Todas as opiniões aqui expressas são de responsabilidade dos autores.
Aceitam-se colaborações.
Contato: cerrado.cultural@gmail.comPaccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.comBlogger2665125tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-12187385992551437012024-03-01T10:41:00.000-03:002024-03-01T10:41:22.319-03:00O PESCADOR<p>Por <span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 16px; text-align: justify;">N'Dom Calumbombo (Luanda, Angola)</span></p>
<p class="normal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="normal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Quando a noite caia, os ventos adormecidos sobre o
esperançar de um pescado lento, ficava tudo um silêncio, um vazio enorme vendo
o pairar das ondas entre marés equidistantes, quando se lançava os anzóis
debaixo das águas do mar, onde o mistério falava da dor de todos os dias
embarcar, mesmo quando o pôr-do-sol se fechava em tê-la despercebida.</span></p>
<p class="normal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Com os olhares longínquos sobre o resplandecer cintilantes
pela manhã fria na Ilha de Luanda, ainda com a dor do corpo paisajado que se
mantinha figurado à noite de pescado, Franscisco manteve calado, com os lábios
entre as salinas nos seu rosto. Chegava à beira com a canoa vazia, sem se saber
que, o pescador morto de fome, com as vistas inchadas e vermelhadas, por mais
teimoso que foi, pescou numa noite de pranto, sozinho.</span></p>
<p class="normal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">A chegada foi, de tal modo, que se conteve ao fixar-se sobre
os olhos dos clientes, fora as preocupações exacerbadas de ir à casa vazio,
viu-se intacto a esposa com um semblante amuado e sorriso disfarçado, mas,
ainda assim, jorrava lágrimas de alegria, pois sentia-se no seu amor de
aparição que ficava na foz das nascentes do seu barco sempre que ultrapassasse
qualquer obstáculo numa noite no desvão, por mais que não trazia nada, vindo
com o corpo de vestementa passado numa pesca disparido onde o silêncio brotava
ao seu redor.</span></p>
<p class="normal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Maria<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ficava
nostálgica em choro debruado à fala, ao ver suas pernas levante à banheira de
água morna para lhe poder lavar, aquando disso, em poucos minutos, meia à volta
viram-se rodeados dos filhos que, se se abrissem à boca, ficariam logo tristes.
Caóticos e enternecidos, um deles, com a língua afinada sobre questões de a
vinda do pai, em pequenos gestos que, traduzia grito no silêncio, foi
interrompido pela mãe, quando os outros oravam unanimemente para que, pela próxima,
haja qualquer coisa em casa.</span></p>
<p class="normal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Francisco se levantou, já com intrudo na cabeça, falava-os
levemente da dor, do sacrifício tenaz, tralados pelas ondas do fundo do mar,
com seu coração que jorrava de júbilo fragmentado de discurso sob<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>curso relembrando dos momentos de travessia
no mar, dentro dele, mostrava rio, daqueles dias de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>difíceis embarques<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mas com esperança a sombra culminante de cada
madrugada.</span></p>
<p class="normal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Como se desconhecessem a escuridão dos ventos aventados,
sacrifícios cajados sobre os braços remandos torcidas de velas fivava debaixo
do seu consciente. Nestes momentos, ninguém sabe as razões que dura uma noite
de pescado. Sentava-se aos pés duma tábua enquanto a mulher olhava suavemente
nos seus lábios, às pressas, ainda lhe implorava para não soltar outros
segredos do mar, porque do filho é sempre bom limitar o assustar.</span></p>
<p class="normal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Dali para frente, continha na sua memória, ainda que viesse
de madrugada escura, clara ou cinzenta de pejo coitado avistado pelos filhos,
saberia que; a família não sente o vazio que passa em escuridão, mesmo quando a
sede esquecida pelos movimentos ondulados de calemas que fazem vai e vem na
pretensão de vir a um embarque.<o:p></o:p></span></p>
<p class="normal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="normal" style="text-align: justify;"><br /></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-24047194821270034372024-03-01T10:34:00.000-03:002024-03-01T10:34:16.614-03:00UMA BELA LIÇÃO DE VOLTAIRE<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-indent: 55.55pt;"><span style="font-size: 12pt; text-align: right; text-indent: 55.55pt;">Por Humberto
Pinho da Silva (Porto, Portugal)</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">Li numa antiga gramática de
Claude Augé, esta curiosa história, que é excelente lição para todos os
preguiçosos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">Voltaire tinha sido convidado
para almoçar em casa de amigo, em dia chuvoso. Ao vestir-se verificou que os
sapatos estavam sujos e enlameados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">Desgostoso, encrespou-se
asperamente com o criado encarregado de os limpar, que respondeu muito ligeiro:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">- "Limpar! Para quê?! Com
o tempo que está, logo ficam cheios de lama! Vossa Mercê logo vê, que não vale
a pena!"<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">Voltaire concordou, e saiu com
os sapatos sujos até à fivela.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">Já ia o amo na rua, muito
açodado, quando assume à janela, o criado aflito, fazendo grandes gestos:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">- " Ó Senhor Voltaire! Ó
Senhor Voltaire! Vossa Mercê esqueceu-se de me deixar a chave da dispensa. Eu
não tenho na cozinha o suficiente para confecionar o meu almoço!..."<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">Então, o autor de "
Cândido" com sorriso escarninho, que lhe era peculiar e, usando as
mesmíssimas palavras do criado madraço, ripostou todo lesto:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">" A chave! A chave da
dispensa para quê?! Com o decorrer das horas logo voltas a ter fome!... Deves
ver, que não vale a pena!"<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">E assim Voltaire, seguindo
calmamente seu caminho, deixou o criado embasbacado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">Deste modo o filosofo deu ao
seu serviçal, bela lição; não só ao criado, mas a todos os que, por preguiça,
deixam de cumprir suas obrigações, argumentando que em curto espaço de tempo,
tudo fica emporcalhado, obrigando a novo trabalho.</span></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-12990842586598956382024-03-01T10:32:00.006-03:002024-03-01T10:32:53.377-03:00A PEÇONHA DA TELENOVELA<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-indent: 55.55pt;"><span style="font-size: 12pt; text-align: right; text-indent: 55.55pt;">Por
Humberto Pinho da Silva (Porto, Portugal)</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-indent: 55.55pt;"><span style="font-size: 12pt; text-indent: 55.55pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">Conta D. Francisco Manuel de
Melo, que caminhando, em frigidíssimo dia, por terras de Espanha, abrigou-se a
estalagem, em que a dona e suas filhas escutavam a leitura de novela e, tão
enredadas estavam que apesar dos rogos, não foram capazes de o atender, indo
hospedar-se noutra pousada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">Vejamos o que diz o escritor do
século XVII acerca das meninas embebidas na apaixonante novela: <b><i>"
Poucos dias depois as novelas foram tanto adiante, que cada uma das filhas
daquela estalajadeira fizeram sua novela, fugindo com seu mancebo do lugar,
como boas aprendizes da doutrina que tão bem estudaram" – </i></b>"
Carta de Guia"<b><i><o:p></o:p></i></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">Se simples leitura de novela de
amor, causou tal desventura, o que pensar das telenovelas de certos canais de
televisão, transmitidas em nobres horários, a cores, com cenas degradadas; com
sexo quase explicito, excitando impulsos de mocinhas e mancebos; mostrando
episódios promíscuos, abundantes de meninas de papá, a " transar" com
o primeiro rapazinho que deparam, ou o namorado que mal conhecem?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">Acérrimas críticas surgem, a
cada passo, na imprensa, de educadores e pedagogos, principalmente no Brasil,
censurando asperamente o desplante de projetarem cenas asquerosas, recheadas de
diabólicas intrigas, e inauditos procedimentos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">Existem carradas de razão para
tanta repulsa, mas, a meu ver, não são as cenas de nudez – que espevitam
impulsos naturais, – o maior mal; já que as imagens são tão frequentes na
mass-media, que quase não chocam; mas sim, a peçonha das ideias liberais que pretendem
inculcar; os conceitos, as atitudes aviltantes; e, a linguagem de bordel,
travada em íntimos encontros familiares, como se fosse o retrato, a imagem da
vida atual da família brasileira.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">Dir-me-ão: mostram a realidade.
(Será?). Abordar temas que preocupam a coletividade, não é a missão da
telenovela? Ser o espelho da sociedade?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">Pergunto ao leitor atento: Não
será o contrário – a sociedade o espelho da telenovela?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">Porque, voluntariamente ou
involuntariamente, difundem: a moda, a maneira de pensar, o comportamento e, a
linguagem do povo, que tudo copia, abraça e imita.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">Para finalizar, pergunto ainda:
Não serão os meios de comunicação social, os principais responsáveis pelo – parecer,
degradação dos costumes, desagregação da família, e ainda a ausência de pejo e
decoro de muita juventude?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-right: 5.1pt; text-align: justify; text-indent: 55.55pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12.0pt;">Creio que sim. Se o leitor
costuma refletir, não deixará de ponderar sobre os enredos das telenovelas, que
deviam e podiam ser excelentes meios de difusão de cultura e formação moral e
cívica dos cidadãos; mas não são</span></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-13737327199897888802024-03-01T10:29:00.000-03:002024-03-01T10:29:34.342-03:00O PAPEL DA RELIGIÃO NA REALEZA<p><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; font-size: 12pt; text-align: justify;">Por Dom Augustus Bragança de
Lucena (Rio de Janeiro, RJ)</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A religião tem desempenhado
um papel significativo na relação entre a realeza e a esfera espiritual ao
longo da história. O papel da religião dentro da realeza pode variar dependendo
do país, da cultura e da época em questão. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Em muitas sociedades, a
religião desempenha um papel crucial na legitimação do poder real. A realeza
frequentemente reivindica sua autoridade como uma concessão divina, sustentando
que eles são escolhidos por Deus ou estão intimamente ligados a uma ordem divina.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A coroação dos monarcas é tradicionalmente uma
cerimônia religiosa, onde o soberano é ungido e consagrado em conformidade com
os rituais e tradições da fé predominante em seu país. Essas cerimônias
reforçam a conexão entre a realeza e a religião, enfatizando a sacralidade do
papel do monarca. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Muitas monarquias
historicamente assumiram o papel de patronos da religião oficial do país. Os
monarcas apoiam as instituições religiosas, protegem os líderes religiosos e financiam
a construção de templos, igrejas e outros locais de culto. Essa função de patronato
real pode garantir a influência da realeza na esfera religiosa e a colaboração mútua
entre a coroa e a hierarquia religiosa. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A realeza muitas vezes
assume o papel de defensora da moralidade e dos valores éticos da sociedade, em
linha com os princípios religiosos. Os monarcas frequentemente promovem causas
religiosas, apoiam a caridade e desempenham um papel ativo na promoção de
questões sociais e humanitárias de acordo com os ensinamentos religiosos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em algumas monarquias, o soberano é
considerado o líder espiritual da nação. Eles são vistos como um símbolo da
unidade nacional, agindo como um elo entre o divino e o terreno. Nesse papel, a
realeza pode desempenhar um papel importante na promoção da unidade religiosa e
na representação dos interesses espirituais do povo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">É importante ressaltar que o
papel da religião na realeza pode variar amplamente de acordo com o contexto
histórico, cultural e político. Algumas monarquias modernas são mais seculares,
com uma separação mais clara entre a religião e a governança, enquanto outras
ainda mantêm uma forte ligação entre a realeza e a fé.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sobre
o autor:</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Dom Augustus Bragança de Lucena é presidente da Academia
de Filosofia e Ciências Humanísticas Lucentina – AFCHL.<o:p></o:p></span></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-7407454053665375772024-03-01T10:19:00.002-03:002024-03-01T10:19:34.317-03:00CONFLITOS ENTRE CASAS REAIS<p><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; font-size: 12pt;">Por Dom Augustus Bragança de Lucena (Rio de Janeiro, RJ)</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Os conflitos entre Casas
Reais em Exílio podem ocorrer por várias razões, mesmo que sejam independentes
umas das outras. Aqui estão algumas das possíveis razões para esses conflitos: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">1. Disputas de sucessão: Um
dos principais motivos para os conflitos entre Casas Reais em Exílio é a
disputa pela sucessão ao trono. Quando há diferentes reivindicações<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de vários ramos da família, pode haver
rivalidades e disputas pela legitimidade do direito ao trono.Essas disputas
podem ser baseadas em interpretações divergentes das leis de sucessão ou em
diferenças de opinião sobre quem possui o direito legítimo ao trono.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>2. Conflitos territoriais: Algumas Casas Reais
em Exílio podem reivindicar territórios específicos como parte de seu domínio
ancestral. Isso pode levar a conflitos com outras Casas Reais em Exílio que
também reivindicam esses territórios ou com governos estabelecidos que ocupam <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>essas regiões. Disputas territoriais podem <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ser motivo de tensões e rivalidades entre as
Casas Reais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>3. Questões financeiras: A falta de recursos
financeiros pode gerar conflitos entre Casas Reais em Exílio. Muitas Casas
Reais podem enfrentar dificuldades econômicas após a perda de poder político e
podem competir por recursos limitados, incluindo financiamento, propriedades e
heranças. Disputas financeiras podem agravar as tensões e criar conflitos entre
as famílias reais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>4. Diferenças ideológicas e políticas: Casas
Reais em Exílio podem ter diferentes visões ideológicas e políticas em relação
ao seu papel na sociedade ou aos princípios pelos quais eles representam. Isso
pode levar a divergências e conflitos, especialmente quando diferentes ramos da
família têm opiniões discordantes sobre questões políticas ou sociais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">5. Ambições pessoais:
Conflitos também podem surgir devido a ambições pessoais de membros individuais
das Casas Reais em Exílio. Pode haver rivalidades internas pelo poder, prestígio
ou influência dentro da família, o que pode levar a conflitos entre os membros.
É importante lembrar que cada caso de conflito entre Casas Reais em Exílio é único
e pode ser influenciado por uma combinação de fatores. Além disso, nem todas as
Casas Reais em Exílio estão envolvidas em conflitos ativos, e muitas delas
podem buscar soluções pacíficas e colaborativas para lidar com questões
complexas de sucessão e legado.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b>Sobre o autor:</b> Dom Augustus Bragança de Lucena é presidente da Academia de Filosofia e Ciências Humanísticas Lucentina - AFCHL. </span></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-10954540193829889252024-03-01T09:37:00.002-03:002024-03-01T09:37:38.859-03:00EXPOSIÇÃO VIRTUAL DE POESIAS - MUSA<iframe width="480" height="270" src="https://youtube.com/embed/znRaCRlCu_k?si=qKfPF8IVMrW6U611" frameborder="0"></iframe>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-62701433738327261232024-03-01T09:34:00.003-03:002024-03-01T09:34:57.439-03:00EXPOSIÇÃO VIRTUAL DE POESIAS - ANIVERSÁRIO DA ACADEMIA TAGUATINGUENSE DE LETRAS - ATL<iframe width="480" height="270" src="https://youtube.com/embed/QfEqJjt4hvE?si=fCh2EBVvW2VODjyG" frameborder="0"></iframe>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-34220972958353317602024-03-01T09:28:00.001-03:002024-03-01T09:28:37.815-03:00A MORTE SIMBÓLICA<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;">Por Gilbson Alencar (Brasília, DF)</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJGDxeGhhgSZgsAMHSmBj8XL7b_HnQsCmFNpz1gYp2btuDAzE8zgkmi-4V7k1gr6Jt1169i5EYifhU3INgPjuNm4gFtZaESF6nJjoJEoPkVtp_MUSYjfgPJQJ-JmmAAFHk8ErcQ8W8VJefLMP4miZ31eJZGFBQrziT1BkUByGA9jnShTA52i4lTU8Uxio/s1551/Gilbson%201.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1551" data-original-width="1242" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJGDxeGhhgSZgsAMHSmBj8XL7b_HnQsCmFNpz1gYp2btuDAzE8zgkmi-4V7k1gr6Jt1169i5EYifhU3INgPjuNm4gFtZaESF6nJjoJEoPkVtp_MUSYjfgPJQJ-JmmAAFHk8ErcQ8W8VJefLMP4miZ31eJZGFBQrziT1BkUByGA9jnShTA52i4lTU8Uxio/w320-h400/Gilbson%201.jpg" width="320" /></a></div><br /> <p></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-57632259141955726102024-03-01T09:26:00.002-03:002024-03-01T09:26:28.733-03:00ANTERAS E ESTIGMA<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;">Por Gilbson Alencar (Brasília, DF)</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2SCwoa5XVD2eBl_EwzE9ZaVcT2w4MCvyQx-v_SdPhdzdb8H2v2vVAeXv4tWOryZdpQHPVG1_56Y6K5ithDwhVmT7XKKK7jFzn7-9RPh6e7-wS2MdiTuXUnOnKMYL9qAThsny0hHIA6WKzANJfGOpzGlkmSGhamJXIJWlcrUAMt18C-D8JA6PBRMudeY4/s1600/Gilbson%202.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1232" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2SCwoa5XVD2eBl_EwzE9ZaVcT2w4MCvyQx-v_SdPhdzdb8H2v2vVAeXv4tWOryZdpQHPVG1_56Y6K5ithDwhVmT7XKKK7jFzn7-9RPh6e7-wS2MdiTuXUnOnKMYL9qAThsny0hHIA6WKzANJfGOpzGlkmSGhamJXIJWlcrUAMt18C-D8JA6PBRMudeY4/w493-h640/Gilbson%202.jpg" width="493" /></a></div><br /> <p></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-49446836707759042942024-03-01T09:24:00.000-03:002024-03-01T09:24:05.785-03:00DISSEQUEI<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;">Por Gilbson Alencar (Brasília, DF)</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA5E2JV9-QePVQ_I6ygNFiiDjVBY9fTVjSpFzbIlYliEfCdDmzBIaSkedYKNirlm4CmtGXqRDNymVVGDs3a0MtTD7orsdFk4-lJD2bvC8O9pJEFh0WnR5CxDQ4nLKJxikJxm7zUsEqvFM7ciRRoNe7z0vczF3Y4qT3zPEaoHVSrgJKIh-osdzZo8dMjaE/s1242/Gilbson%203.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="895" data-original-width="1242" height="289" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA5E2JV9-QePVQ_I6ygNFiiDjVBY9fTVjSpFzbIlYliEfCdDmzBIaSkedYKNirlm4CmtGXqRDNymVVGDs3a0MtTD7orsdFk4-lJD2bvC8O9pJEFh0WnR5CxDQ4nLKJxikJxm7zUsEqvFM7ciRRoNe7z0vczF3Y4qT3zPEaoHVSrgJKIh-osdzZo8dMjaE/w400-h289/Gilbson%203.jpg" width="400" /></a></div><br /> <p></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-70184394087964623162024-03-01T09:22:00.000-03:002024-03-01T09:22:20.621-03:00MARIA BAHIA<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;">Por Maria Félix Fontele (Brasília, DF)</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZxuXCeJ9U4PqmVEeitH3rgXBGuDNcc6r5N1XCzKP_TY6Qb49KMsQjcjHOy0lSUus-Hi1ltQMXZO6uv6l26gZZUsNS_XQ_H7M7l7SdREt9VEF1XwxjQhB06veSiSbOmDkmGhGQWTwkSp6scKoy-O51_hsKU5hyQGkRB-BWCV3XwixyowMXMHvi3HTfCgg/s656/Maria%20Bahia.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="656" data-original-width="538" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZxuXCeJ9U4PqmVEeitH3rgXBGuDNcc6r5N1XCzKP_TY6Qb49KMsQjcjHOy0lSUus-Hi1ltQMXZO6uv6l26gZZUsNS_XQ_H7M7l7SdREt9VEF1XwxjQhB06veSiSbOmDkmGhGQWTwkSp6scKoy-O51_hsKU5hyQGkRB-BWCV3XwixyowMXMHvi3HTfCgg/w328-h400/Maria%20Bahia.png" width="328" /></a></div><br /> <p></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-5256082155506572852024-03-01T09:11:00.001-03:002024-03-01T09:11:15.091-03:00CARNAVAL<p><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; font-size: 12pt;">Por Gustavo Dourado (Taguatinga, DF)</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Escolas de Samba, blocos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Multifaceta divina<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Serpentinas e confetes<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Viva pierrô e colombina<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O Samba, choro, marchinha<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Frevo, transmistura fina<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Com Abre Alas, Chiquinha<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E foi no entrudo sua origem<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A multidão se sacode<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Manda embora a fuligem<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Cordões pelas avenidas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Balanço que dá vertigem<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Noel, Ari, Pixinguinha<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Jacob com o seu bandolim<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Trio elétrico, folia<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Armandinho, serafim<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Com Dodô e Osmar no ritmo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Salve o Senhor do Bonfim<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Joãozinho, Jamelão<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Maxixe, xote, lundu<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ylê com os Filhos de Gandhi<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Alceu no Maracatu<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Olodum, Carlinhos Brown<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Araketu, Curuzu<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Tem Portela e Mocidade<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Com Mangueira e Beija-Flor<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Imperatriz e Salgueiro<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Com o samba imperador<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Tijuca e Viradouro<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Carnaval é sedutor<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Caprichosos e Rocinha<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Império, Vila Isabel<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O samba fez boa escola<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Pela terra de Noel<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Porto da Pedra e Estácio<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Carnaval é puro mel<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">As máscaras fantasiam<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Bom balanço cultural<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No Cordão da Bola Preta<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Pacotão monumental<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Momo, Banda de Ipanema<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Rainha do Carnaval<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Todo mundo na folia<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Em ritmo de paz e amor<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No Carnaval da Bahia<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Treme a terra em Salvador<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Pelourinho pega fogo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Com axé, samba, calor<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Pernambuco balanceia<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No Galo da Madrugada<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O Recife e Olinda pulam<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O dia todo e noitada<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Com o Frevo-Maracatu<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Trio elétrico na estrada<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Casa Verde, Tatuapé,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E tem Vai-Vai na alegria<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Leandro com a X-9<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Com os Gaviões na folia<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nenê de Vila Matilde<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mocidade, fantasia<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A Camisa Verde e Branco<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Unidos de Vila Maria<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Peruche com Tom Maior<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">As Rosas de Ouro, poesia<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Tucuruvi, Águia de Ouro<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No samba do dia-a-dia<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Bailes em todo o Brasil<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Minas,Sul,Cerrado,Norte<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O Nordeste pega fogo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Alma em teletransporte<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Carnaval é luz poesia<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Só com a vida, adeus morte…<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Gustavo Dourado é presidente da Academia Taguatinguense de Letras. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-25049224778144771902024-03-01T09:08:00.000-03:002024-03-01T09:08:01.540-03:00PONTO NULO NO CÉU: O QUINTO ELEMENTO<p><span style="font-family: arial;">Por Clarisse Cristal (Balneário Camboriú, SC)</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> A
escuridão imperava, na estrada vicinal, a viela estava tomada por policiais
militares e policiais civis, ao longe jornalistas, em vão, tentam tirar as suas
fotografias e produzir vídeos, pois as máquinas digitais, não estavam
funcionando na plenitude, poucos aparelhos eletrônicos funcionavam, a bem da
verdade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Uma
estranha ilha de luz, era aquele trecho da viela, a poucos metros da bem
iluminada avenida movimentada, repleta de lojas de departamentos e escritórios.
A viela, uma rua residencial, bem tranquila, ao final da mesma tinha um pequeno
rio, nas duas margens opostas, haviam pequenos atracadouros, para pequenas
embarcações e lanchas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Tu engoliste, o papinho escabroso, daquela gótica esquisita? — Falou o
investigador Mattos Gama, sem olhar para o tenente Bastos, pois o policial
civil estava com os olhos ocupados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Claro que não, tu viste o tal vídeo da madame bruxa? Alias! Qual o gótico ou
gótica que não é esquisito? — Disse o tenente Bastos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Assisti sim, e está na perícia sendo analisado, fiz uma cópia pra tu, é claro!
— Falou o investigado e perguntou — Adivinha quem é a subcelebridade, que
figura no filmete da madame bruxa?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Lucas Ribeiro, vulgo Luquinhas das dunas, vulgo Liquinho, vulgo Rato e por aí
vai! — Respondeu o tenente da polícia militar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Espertinho, ligou os pontos então! Começamos então a reconhecer um padrão aí, o
marginal encontrado morto, com o pescoço quebrado, depois de um pequeno voo
solo no submundo do crime! — Concluiu Mattos Gama, ainda com o olhar perdido,
para a cena do crime.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Mas, deixemos isto para depois e me diz olhando este quarteto aí em cima? Amigo
investigador da polícia civil e me diga qual é o teu olhar? — Perguntou o
tenente da polícia militar, olhando para os corpos sem vida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Posso dividir em múltiplos olhares, meu caro Watson. O meu olhar, a princípio,
eu vejo a simetria, a equidistância perfeita, no vocabulário dos poetas
clássicos e engenheiros civis. — Respondeu, o investigador da polícia civil e
continuou — Estão com os braços em posição de Cristo e estão simetricamente
equidistantes entre si, os corpos estão quentes ainda, na verdade em
chamas. E
aposto os fios da minha barba, que estão embranquecendo, que os relógios, que
os nossos presuntos estão usando, pararam há três horas passadas. Mas isso tudo
pode ser medido e analisado, agora mesmo. Mas os corpos, assim vai dizer o
relatório do legista, que eles foram atingidos por uma onda, de deslocamento do
ar, devido à explosão de uma bomba, que os projetaram contra uma parede. É
isto, mas o que não se vê tenente Bastos? O que nem eu, nem o legista e mais
ninguém pode ver agora mesmo?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Diante destes palhaços neonazistas mortos, eu posso te dizer algumas coisas,
concordo contigo em gênero, número e grau. Eu só posso dizer, que eles foram
interrompidos, inesperadamente, pois vejo sangue nos coturnos e hematomas nos
nós dos dedos. E foram interrompidos, quando massacraram alguém, digo que é um
pequeno coletivo, aposto. E com muita sorte, é bem possível que estejam em
algum pronto atendimento, não muito distante daqui. E com as roupas cheias de
evidências, dos crimes desses caras aí em cima. Mas, o que nem eu, nem o
legista e mais ninguém pode ver agora mesmo? Simples, meu querido! Para onde
eles estão olhando? E eu te respondo, para o quinto elemento, meu querido
Sherlock Holmes!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> O
tenente Bastos, chamou um policial militar, com ambas as mãos, pois os rádios
não estavam funcionando. O agente da lei, se aproximou bem rápido, Bastos falou
ao pé-de-ouvido do homem, o soldado saiu e voltou com uma escada portátil,
retrátil e pequena de metal com quatro degraus. O enorme tenente Basto, armou a
pequena escada, subiu até o último degrau, o militar tomou cuidado, para não
tocar nas grades do muro, ficou na altura dos corpos e os encarou com desprezo,
estavam com os olhos vidrados. Com dificuldade, se virou, tirou do colete uma
caneta laser vermelha e apontou para onde as vítimas estavam olhando. O tenente
teve então a visão dos homens mortos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Bastos meu caro, creio que tu acabaste de enxergar, o que nem eu, o médico
legista e mais ninguém poderíamos ver com precisão, para onde estes bastardos
estão olhando. Passe, por favor, o binóculo visão noturna, para o tenente
Bastos. — Falou Mattos Gama, para um policial militar que estava atrás dele.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> O
policial militar, de baixa patente, sem se mexer, jogou o objeto para o
superior, que ainda estava nas escadas. Bastos se curvou, pegou o binóculo,
levou até os olhos e ajustou o aparelho, que funcionava precariamente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Mattos Gama, meu caro, eu acabo de encontrar o quinto elemento, por assim
dizer. — O policial não tirou os binóculos dos olhos enquanto proferiu essas
palavras. Ajustou o foco e aproximou ao máximo, o que o aparelho pode suportar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> No
alto da Torre Xoclengue, o álgido vento soprava, um pequeno bando de aves
negras e vagas, circundavam um corpo sem vida. Mais tarde, soubesse que era o
corpo de Oskar Boere, vulgo polaco, o líder local do grupo neonazista
Misanthropic Division, da secção local do Batalhão Azov. Preso, em posição de
cruz, por tiras feitas das próprias roupas, jazia com o pescoço quebrado, o
rosto estava voltado para o chão, com os olhos abertos, como quem apreciava a
cena, que se desenrolava lá embaixo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> O
policial militar, desceu da escada retrátil, salvou uma das imagens no cartão
de memória auxiliar, do binóculo militar de visão noturna, tirou o cartão,
colocou no compartimento no lado esquerdo do uniforme, quebrando o protocolo
militar. Chamou Mattos Gama, que estava a poucos metros dele, o policial civil
que notou a coisa, nem se importou com a quebra do protocolo. Os dois agentes
da lei, foram até uma viatura da polícia civil, longe dos olhares atentos dos
outros agentes da lei.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Vamos ver o que temos para hoje, meu amigo Sherlock Holmes! — Falou o tenente
Bastos, o oficial militar pegou um tablete no porta luvas da viatura e conectou
um cabo USB ao binóculo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
O campo magnético, está passando, se dissipando lentamente, como sempre
acontece, soube disse assim que ajustei a Betty para ver a fuça do cretino, lá
em cima.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Betty! Ora, tenente! O que há? Se apegando a estas novas tecnologias digitais,
por fim? — Brincou o investigado Mattos Gama.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Não enche Mattos, tu sabes que sou um homem carente de amor e carinho! —
Respondeu o tenente Bastos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> O
policial militar, demorou para ajustar os filtros do aparelho, os chuviscos da
tela de cristal líquido, pareciam uma velha TV preto e branco de tubo. Para pôr
a imagem com total nitidez, o policial militar levou a mão na tela para
aumentar o foco, Mattos Gama, se antecipou e levou a mão ao aparelho e
focalizou o rosto do cadáver. Eram uma batalha, de mãos e dedos para ver quem
melhor mexia no pequeno aparelho digital postado, no capô da viatura.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Quase isto soldado...Ops tenente! — Disse de forma irônica o policial civil.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Pensei que queria ver o rosto do elemento, não me atrapalhe! — Devolveu o
tenente da polícia militar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Quase lá, quero ver o pescoço somente. Quero ver as lesões, de esganadura no
pescoço do meliante. Veja tenente Bastos, as mãos leves e dedos finos e
delicados de uma mulher. — Falou Mattos Gama apontado para o pescoço de Oskar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> O
aparelho mediu e tirou um molde de uma mão de mulher, que deixou gravíssimas
lesões no pescoço do homem, postado no alto da torre. Das muitas
inconsistências, tabeladas pelo aparelho, o que mais chamou a atenção, dos dois
experientes policiais, foram os formatos da mão versus a pressão feita no
pescoço da vítima. E outras inconsistências, mais precisas sugerem depois, das
necropsias dos corpos, com os laudos do legista, mas era o esperado pela dupla
de policiais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
De uma certa florista eu suponho! — Disse o tenente Bastos da polícia militar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Não suponha nada, caro amigo e irmão de combate ao crime! Vamos nos ater aos
fatos e deixar as suposições de lado, pelo menos no momento presente. Nada de
supor e imaginar, e vamos aos fatos para depois supor, tal como esse cara
seminu foi parar lá em cima? E depois como ele ganhou as marcas no pescoço. E
por aí fora meu irmão de luta. — Disse Mattos Gama com pesar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Fragmento do livro: <b>Em dias
de sol e calor, em noite de tempestades e frio, </b>Texto de Clarisse Cristal,
poetisa, contista, novelista e bibliotecária de Balneário Camboriú, Santa
Catarina.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-64738371541804114532024-03-01T09:05:00.003-03:002024-03-01T09:05:40.652-03:00OPERA MUNDI (DE TUDO QUE TE É AVARO)<p> Por Samuel da Costa (Itajaí, SC) e Clarisse Cristal (Balneário Camboriú, SC)</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">''Dê-me
tua mão, diz que tem saudade…</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Esqueça
nosso árduo passado, vaidade</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Meu
corpo febril, aqueça, junto ao teu</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sem
receio, diz que me deseja, sempre.''</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Fabiane Braga Lima<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Lenny
passou em revista os seus equipamentos de trabalho, disposto na pequena bancada
de trabalho. Dispostas, de forma aleatória, as sofisticadas e importadas
máquinas fotográficas. Dos últimos modelos lançados no mercado mundial,
passando por ultrapassadas máquinas analógicas, indo parar em os caros
celulares e tablets. Mas, tinha a metálica voz, a orientação do pai: — Filme e
fotografe tudo com equipamentos analógicos, nada destas bobagens eletrônicas
atuais!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Madalena! Traga o teu kit de trabalho! E a tua mochila! — A dona da casa, ainda
estava olhando profundamente, para o que de melhor tem à sua disposição.
Evitava olhar para a assistente de produção, como quem admite uma derrota
inevitável.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Madame? — Atônita a assistente olha para o chão, sem saber o que fazer ou
dizer.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
A tua câmera bag, sua infeliz, aquela que te dei de presente, não sei quando! —
Lenny se vira e jogou a chave do carro, para a assistente que pega no ar. —
Deixa a tua motoneta velha, aqui e vá pegar tudo, o que tens em casa, os tripés
não precisa, eu vou usar os meus. Vai guria! — O grito bem alto, da dona da
casa, fez estremecer a pequena assistente de produção, que girou nos
calcanhares e se dirigiu até a garagem da casa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Lenny
bem sabia, que a assistente de produção tinha tudo o que ela precisava, naquela
hora. A velha tecnologia mecânica, as velhas polaroides, os rollei flexes e uma
série de velhas câmeras analógicas, equipamentos difíceis de encontrar no
mercado. Colecionadora, da velha tecnologia fotográfica analógica, Madalena é a
cara da corrente da foto-arte, ela é ligada umbilicalmente, de corpo e também
de alma, ao movimento do romantismo. Madalena, é uma alma velha, uma pessoa de
rara estirpe e difícil de ser encontrada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> A
jovem e sonhadora Madalena que é, não se encaixa mesmo, na atual avalanche da
tecnologia digital, do entre séculos. Lenny também sabe do amor platônico da
assistente por ela, muitas das vezes, Lenny pensou em levar a assistente de
produção para a cama. Mas, Lenny não mistura a vida profissional, com vida
pessoal, em definitivo as aventuras de Lenny, eram fora de casa e fora da
esfera da vida profissional.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Lenny
olhou para o velho relógio na parede, não demoraria muito para as duas modelos
chegarem e a fotógrafa partiu para o vestíbulo, foi até as araras separar os
figurinos, que pretendia usar na secção de fotografias. A fotógrafa, pensa na
mãe zelosa, se um dia visse a filha casula adorada, trabalhando de assistente
de produção, a requintada senhora desmaiaria na hora. Lenny sorriu para si
mesmo, pois nunca esteve tão feliz e realizada na vida. Ela não se sentia
assim, nem mesmo quando dispensou o ex-namorado obtuso. Um jornalista bonachão,
alto e acima do peso, frágil intelectualmente, um típico membro da classe média
interiorana e praiana, com pretensões as classes altas, que não conhece nada,
para além da segurança tranquila, do mundo que vive.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> A
fotógrafa pensou em ligar para a assistente, para apressá-la, mas prefere ir
até a varanda e acender um cigarro, os cigarros mentolados emprestados de
Madalena. Cedo, Lenny pegou emprestado um maço, da balsa da assistente, sem
pedir. A fotógrafa, não se reconhecia naquela hora, sempre fora livre é
verdade, mas sempre sentiu um alguém, que lhe sussurrava ditames, aos seus
ouvidos, um som quase inaudível. Ela sempre sentiu algo estranho e vago, de um
não pertencimento profundo, de tempo e no espaço em que existia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E de repente, vem uma
lembrança difusa e distante da infância, uma lembrança vaga e adormecida, que
ressuscitou atroz, uma visita inesperada, que o senhor Otto Von Blumenthau
fizera. De forma abrupta, o político interrompeu as atividades corriqueiras na
capital e sem avisar ninguém, ele foi se juntar à família, estavam todos de
férias de verão, no litoral. A família toda, estavam na orla da praia, que a
poucos dias tinha sofrido um engordamento da faixa areia, recentemente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Em
um aparelho de rádio, um locutor histérico, que discursava contra o
engordamento da faixa de areia da praia. O pai de Lenny, estava sentado em uma
confortável cadeira alugada, para turistas, ele estava com o aparelho de rádio
no colo. O portentoso senhor Otto Von Blumenthau, alheio ao que ocorria à volta
dele, estava lendo um jornal, de circulação nacional, e o político tinha um
portentoso charuto cubano apagado na boca. No céu azul, sem nuvens, as aves
marinhas grasnavam no alto, a mãe de Lenny, como sempre, estava ao lado do
marido. Ambos bem vestidos, com as suas respetivas e mediterrâneas roupas
italianas de veraneio, o elegante casal, abrigado por um chamativo guarda-sol.
E os irmãos de Lenny? A fotógrafa não sabia onde estavam, só ouvia eles que
gritavam um para o outro: — A bola! A bola! Chuta a bola! — Os dois riram alto.
Também tinha o vento ameno, o barulho do vento levantando as areias e as ondas
que quebravam na orla da praia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> E
distante, tinha o álgido abismo gelado, Lenny caminhou até a beira do abismo
álgido. A pequena Lenny, saiu de perto dos pais e caminhou e distante veio os
gritos histéricos da mãe e Lenny voltou os olhos para trás. O pai baixou o
jornal, ele ainda estava com o charuto na boca, agora aceso, naquela hora ele
ergueu o jornal na altura dos olhos. E a mãe de Lenny, correu até ela e
abraçou, a ergueu do chão e voltaram para onde estavam instalados. A Loretta, a
mãe de Lenny, estava chorando, parou para gritar com a babá e para os
seguranças particulares. Depois, de forma abrupta, se voltou para o marido
incólume.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Vamos embora Otto, chega Otto, vamos voltar pra casa agora!!! Um bicho, ela
chegou perto do bicho — Os gritos estridentes da esposa do político, chamaram a
atenção de todos e todas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Cala boca mulher! É só um sphyrna e ainda é só um filhote!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Um o que? — Disse atônita, a esposa do político.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> —
Um pequeno tubarão-martelo, é um filhote ainda e ainda vai crescer! — Respondeu
tranquilamente o político e continuou — Eu já vi maiores e mais vorazes, lá no
congresso nacional! — Otto falou, com o charuto na boca, ele tinha se voltado
os olhos para o jornal, enquanto Loretta chorava com a pequena Lenny nos
braços. A babá sorria, os seguranças sorriam e o atormentado chefe de gabinete
de Otto sorriu seco!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> De
volta, ao tempo presente, a fotógrafa de profissão Lenny, acessou na mente a
fotografia do filhote de tubarão-martelo, Otto mantinha reproduções da
fotografia, em seus ambientes de trabalho. E de volta às lembranças da
infância, onde o pai de Lenny a presenteara uma máquina fotográfica
descartável, que Otto Von Blumenthau, tinha comprado de um vendedor ambulante
na calçada da praia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> O
pai de Lenny, deu a ordinária máquina fotográfica, como quem dá um caríssimo
brinquedo, cara para uma criança. Otto, simplesmente deu para a pequena Lenny,
sem dizer nada, sem dar instruções. E lá foi, feliz da vida, a pequena Lenny,
tirar uma fotografia do pequeno Sphyrna. O pequeno animal ficou preso, em uma
piscina, que se formou, devido ao engordamento da praia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">De tudo que lhe é avaro, foi
assim que a fotógrafa Lenny, produziu a sua primeira fotografia, e foi assim,
que o pai de Lenny, orgulhoso pela filha, mandou revelar a inusitada fotografia
e depois de ter a fotografia em mãos, mandou reproduzir, ampliar e emoldurar a
fotografia feita pela pequena filha.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> O
barulho da porta da garagem se abrindo lentamente e trouxe Lenny para a
realidade, em que vivia. E a fotógrafa profissional, tragou com prazer a fumaça
do cigarro e foi ver se Madalena cumpriu, a tarefa que ela tinha dado ou
escutaria uma avalanche de desculpas vagas e tolas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Fragmento do livro: <b>Em
perpétuos ciclos,</b> de Samuel da Costa, poeta e contista, em Itajaí, Santa
Catarina</span><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Contato: <a href="mailto:samueldeitajai@yahoo.com.br" target="_blank">samueldeitajai@yahoo.com.br</a></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Argumento de Clarisse
Cristal, bibliotecária, contista, novelista e poetisa, em Balneário Camboriú,
Santa Catarina.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-84033945789800490742024-03-01T09:01:00.002-03:002024-03-01T09:01:32.956-03:00CLARICE COM C (1ª E 2ª PARTES)<p> Por Clarisse da Costa (Biguaçu, SC)</p><p class="MsoNormal"><b><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Clarice com C - 1 ª primeira parte</span></u></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <br />
<br />
<br /></span></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"> No filme a personagem diz que
"tudo que você precisa é da humanidade". Mas como se a humanidade
destrói a si mesmo? Eu acho que precisamos um pouco mais de fé e aprender a
amar de verdade. Não vejo a humanidade salvando a si mesmo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"> Clarice com C, como gostava de deixar
bem claro, acreditava numa humanidade que buscava o caminho certo. A tal
humanidade que Deus tanto falou nos seus ensinamentos. Mas nessa humanidade que
ela via numa guerra diária, entre preconceitos, desigualdades, violências, uma
guerra extrema, ela tinha pavor. Se perguntava como o mundo ia mudar se a
humanidade fosse capaz de ficar perdendo tempo se destruindo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"> Ela acordava diariamente sempre
tomando o seu café e lendo trecho do seu livro favorito, </span><i style="font-size: 12pt;">"Jardins
da Alma".</i><span style="font-size: 12pt;"> Nas primeiras linhas do livro ela aprendeu que o tempo
é determinado por nós. Você que está lendo isso deve estar se perguntando: Mas
como isso? </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"> Segundo o livro: O
sofrimento é a casa de todas as dores. É o processo que nos coloca em
aprendizado. Você aprende a lidar com cada dor. O choro, o que para alguns é
sinal de fraqueza, o choro mostra a sensibilidade de uma pessoa. E junto ao
sofrimento vem o tempo, o tempo de cada processo que o ser humano passa. Uma
necessidade para a evolução humana, determinar o tempo, desacelerar as
coisas...</span></div><o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <b><u>Clarice
com C - 2ª parte</u></b> <br />
<br /></span></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"> Se você parar para
pensar, o vazio é uma coisa cheia de tudo. Tudo aquilo que temos e mesmo assim
nos sentimos num vazio tão grande, porque o ser humano está sempre buscando o
que está fora do seu alcance. É como querer ir à lua sem ter a possibilidade de
estar lá. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"> Certa vez atravessando a
Rua Dom Bosco viu um senhor de cabelos quase brancos, sentado na calçada, ele
olhando fixamente para ela lhe disse: - O que tanto procuras? Desde o outro
lado eu vi o seu olhar em todas as direções. Vou lhe dizer uma coisa menina, o
ser humano jamais vai se sentir completo, sempre vai ter aquela sensação de que
algo lhe falta. E a felicidade vai ser sempre um mistério para a humanidade,
pois o ser humano sempre vai se colocar em dúvida. Será que eu sou capaz de ser
feliz? </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"> Depois dessas
palavras, o senhor tirou da sua bolsa um livro e deu-lhe. Ela agradeceu
sorrindo e seguiu até a sua casa em silêncio. Chegando em casa ela viu o nome
do livro, Jardins da Alma. Clarice então perguntou a si mesmo: - Será que ele
era o autor do livro? Mas o que fazia ali na calçada?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"> Abriu uma das
páginas marcada com pedaço de papel vermelho e nele viu um trecho marcado com
lápis amarelo: - Tanto faz os choros, os tombos, os fios brancos chegando, só
não deixe de viver tudo aquilo que você pensou para você. Há muito mais para
ser visto além da sua janela.</span></div><o:p></o:p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Clarisse da Costa é poetisa,
contista, cronista e designer gráfico em Biguaçu, Santa Catarina.</span><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Contato: <a href="mailto:clarissedacosta81@gmail.com" target="_blank">clarissedacosta81@gmail.com</a></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-42867647206716424992024-03-01T08:58:00.002-03:002024-03-01T08:58:31.608-03:00DOR<p><span style="font-family: arial;">Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)</span></p><p><span style="font-family: arial;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; line-height: 115%;"><i>Para a poetisa Patrícia
Raphael</i><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Entre atos, fatos e retratos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Pregados nas paredes<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eu prossigo a te amar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">***<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Das muitas verdades
inventadas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">As mentiras verdadeiras<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eu só prossigo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A te amar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">***<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Entre atos, fatos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E notas de repúdios<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eu prossigo a te amar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eu só prossigo a te amar!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">***<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Das imortalidades das almas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E só sei da impossibilidade<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">De te amar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eu sei<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Já não posso mais te amar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">***<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">De acordos de paz<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E declarações de guerras<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Vou desistir de te amar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Vou parar de te amar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eu decido parar de te amar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Vou tentar parar de amar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eu parei de te amar<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Samuel da Costa,
poeta, novelista e contista, em Itajaí, Santa Catarina</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Contato: <a href="mailto:samueldeitajai@yahoo.com.br" target="_blank">samueldeitajai@yahoo.com.br</a></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-19143182947291884592024-03-01T08:56:00.001-03:002024-03-01T08:56:20.248-03:00APAIXONADA<p><span style="font-family: arial;">Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No silêncio do meu quarto,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Você sempre está,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sinto o seu gosto,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O seu corpo deslizando sob o
meu,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Fico alucinada<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Os meus pensamentos voam.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Delirando, me entrego toda,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Os seus dedos passeiam sob
mim<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Deixando-me cada vez mais
excitada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">***<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Me entrego, viajo de prazer,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Faminta, mordo os meus
lábios<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sob o seu corpo suado,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Faço os seus gostos...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Meu moço abusado!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Apaixonada, jogo-me...
deixo-me ser domada,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Não resisto,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Rendo-me aos seus fetiches.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">***<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O meu extinto pede mais,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Insaciada, toda apaixonada…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Fico toda molhada de tesão,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Só por você...!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Fabiane Braga Lima é poetisa, contista e cronista, em Rio Claro, São Paulo.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-25571244865901960712024-03-01T08:48:00.003-03:002024-03-01T08:48:49.470-03:00VIRGEM MARIA<p>Por Liécifran Borges Martins (Cariacica, ES)</p><p><br /></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Virgem Maria quero<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">ser igual a ti.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Mãe de jesus seu<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">exemplo quero seguir.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Oh mãe querida ensina-me,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">a ser como você.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Meus caminhos a ti pertencem.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Meus sonhos a ti consagro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Nossa Senhora, minha mãe.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Mãe de jesus, virgem é Maria.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Mansa e humilde de coração.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Suas vestes me tocastes a conversão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Obediente foi Maria.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Exemplo de mulher.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Oh Mãe santíssima.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Pura no amor de Deus.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Virgem Maria quero te seguir.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Seus passos vou seguir.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Seu exemplo é para mim.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Minha mãezinha. <o:p></o:p></span></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-87580349439145359692024-03-01T08:46:00.002-03:002024-03-01T08:46:48.963-03:00LAR<p>Por Liécifran Borges Martins (Cariacica, ES)</p><p><br /></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Qualquer lugar que me<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">sinto em casa chamo de lar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Meu doce lar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Ai meu lar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Doce lar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Meu quarto é o meu abrigo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A minha cama meu aconchego.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Meu coração minha calmaria.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O meu cheiro em poesias.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Lar doce lar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Sinto paz.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A minha alma é meu doce lar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O meu quarto, livros e o ar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Tudo isso faz eu ser lar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-1732644611742130172024-03-01T08:45:00.000-03:002024-03-01T08:45:25.302-03:00MEU CORAÇÃO ESTÁ CHEIO DE GRATIDÃO<p>Por Liécifran Borges Martins (Cariacica, ES)</p><p><br /></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Coração alegre e grato assim está meu coração.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Muitos motivos são para poesias transbordar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Inúmeros pretextos tenho para te amar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Grata sou, coração alegre está.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Você é minha inspiração de amar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Meus versos de paixão ao ar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Sou grata pelo nosso amor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Com você eu vou para onde for.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Como é bom acordar ao mar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Trabalhar com aquilo que ama.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Aprender mais e mais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Ter por perto os meus pais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Felicidade boa é essa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Só me traz paz.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Quero te amar mais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Ser mais um amor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Gratidão ao ar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Gratidão ao mar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">De amor estou transbordando.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">De poesias estou me inspirando.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><b>Liécifran Borges Martins</b> é acadêmica imortal da Academia Interamericana de Escritores - AINTE.</span></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-39594425894344949612024-03-01T08:39:00.003-03:002024-03-01T08:39:42.884-03:00REFLEXÃO: O IMPORTANTE É VOCÊ<p><span style="font-family: arial;">Por Clarisse da Costa (Biguaçu, SC)</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Lá
fora há muitos desafios, maiores até que os desafios dentro de você. Mas se
você acredita, você chegará ao topo. Não importa o que falem sobre a sua pessoa
ou pensem, nas linhas da sua história está escrita a sua vitória. O que é inútil
na sua vida deve ser deixado para trás. Você já passou por isso, se foi capaz
de enfrentar tudo isso é capaz de seguir em frente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> E
com relação a amores, o maior amor que você pode ter na vida é por você. Que se
dane, não importa o tempo que leva para se encontrar em alguém e fazer dele a
sua escolha.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> A
vida acontece sem pressa e de forma natural. Seja você mesmo e somente por
você, sem filtros e disfarces, com toda naturalidade que deve ser. Você não
precisa ser vulgar para ser interessante. Desta forma a sua vida será
interessante e sutil.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Clarisse
da Costa é poetisa, contista, cronista e designer gráfico em Biguaçu, Santa
Catarina.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Contato: <a href="mailto:clarissedacosta81@gmail.com" target="_blank">clarissedacosta81@gmail.com</a></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-54917489655319999052024-03-01T08:37:00.002-03:002024-03-01T08:37:37.858-03:00PONTO NULO NO CÉU: A SENTINELA<p><span style="font-family: arial;">Por Clarisse Cristal (Balneário Camboriú, SC)</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> </span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O cabo Bruno Marques, perdeu a noção
da realidade em que vivia, de quanto tempo estava naquele pesadelo vívido,
parado, estático, em prontidão e olhando pela fresta da torre de observação
para o nada. O fuzil FAL, com mira laser, estava na mão esquerda, os óculos de
visão noturna estavam ajustados para módulo, de noite com forte nevoeiro. Os
dois drones militares, que circulavam no alto do quartel, permitiam a visão
clara do que ocorria, em volta do batalhão. Os dois aparelhos, de municiados e
última geração, transmitiam alternadamente as imagens das muitas câmeras,
instaladas nos drones de vigilância, para os óculos do cabo, em tempo real. O
militar podia ajustar as câmeras dos drones, ele podia congelar as imagens, dar
zoom, mudar para módulo para escaneamento térmico e o cabo também poderia
retroagir as cenas, acessando os bancos de imagens.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
Nos seus exatos quinze anos de corporação, ele jamais vira tal coisa, como
vinha ocorrendo ultimamente, eram burburinhos aqui e ali, geralmente dito em
voz baixa e em tom de confidência, em trocas de turnos e horas de folgas. Eram
rumores de uma possível volta a um passado, não muito distante, pois como em um
prenúncio, corpos sem vida, de elementos do submundo, que antes se amontoavam
em escuros becos e mal iluminadas vielas. Agora estranhamente, estavam
aparecendo em ruas e avenidas movimentadas, tudo abafado por ordens que vinham
de topo, de cima.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
Eram tempos de insurgências, de guerras subterrâneas, entre as internas do
crime organizado, contra as forças do serviço de segurança pública. Rumores da
quebra da paz armada, negociada pelos dirigentes das forças de segurança, com
os comandantes do crime organizado. Tudo feito nas sombras, em tempos passados,
mas não muito distante. Tudo mediado por políticos de profissão e o comando das
organizações criminosas, tudo em nome do bem-estar da população em geral e os
interesses variados. Tudo isso, foi bem antes do cabo Bruno Marques, entrar na
corporação, mas eventos muito bem guardados, nas memórias coletivas dos que
viviam, no baixo medievo local. E uma sombra negra, como a mais de todas as
negras noites, se aproximava lentamente no horizonte e o militar de baixa
patente, o cabo Bruno Marques, sentia bem isso, no seu âmago mais que
profundo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
Os óculos se auto ajustam, para modo de neblina densa, um dos drones vigilância
parou de enviar imagens e dados, depois o outro também parou. Cabo Bruno
Marques, não soube qual o motivo, mas olhou para o céu e viu uma estranha nuvem
de pássaros. Era uma revoada que passava por cima do batalhão e depois partirá
em direção das não muito distantes paras duas Torres Fiote-Xoclengue. Um grito
primal inaudível, ecoou pelo tempo e pelo espaço, chegou no cabo Bruno, fazendo
gelar a espinha e se perdendo no espaço, chegando nos recônditos mais obscuros
do cosmo, alguém ou algo se regozijou. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
— Então começou de novo, eu não estou mesmo maluco, ora essa! — O policial
militar falou em voz alta, sem se importar, com as câmeras ali instaladas, que
gravavam tudo que ele falava e fazia. E que alguém ou uma inteligência
artificial, faria um relatório do que ocorreu no turno do cabo Bruno. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
Ele bem sabia, que dali a pouco tudo, que fosse eletrônico, mecânico ou
elétrico, iriam parar de funcionar ou funcionariam de formas precárias. Ele
ainda teve o ímpeto de ajustar os óculos e olhar para o portal de entrada de
acesso ao quartel e viu dois famintos cães vira-latas caramelo, que se
aproximavam, mas de repente os óculos pararam de funcionar. A sentinela ainda
tentou usar o rádio na mesa ao lado, mas o rádio comunicador analógico não
estava funcionando. Como manda o protocolo, ele tentou usar o telefone móvel no
cinturão, para avisar o comando, mas o telefone também não estava funcionando.
A sentinela tirou os óculos de visão noturna e olhou para fora e viu que a
neblina não parava de se adensar. A luz do posto de observação se apagou e as
luzes de emergência começaram a funcionar
automaticamente. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> Marques
se lembrou da figura do velho pai e as suas histórias de pescador, o velho
pescador de profissão, filho e neto de pescadores artesanais, contava como de
vez em quando, em alto mar aberto, surgia estas mesmas densas neblinas do nada,
antes de um naufrágio ou acontecimento trágico. Marques nunca soube se era
verdade ou não esta introdução dos relatos fantásticos, que o velho pai
contava.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> A
figura do velho pescador esvaeceu, quando um outro militar apareceu do nada,
quebrando o protocolo militar, pois sempre havia um aviso prévio, nas trocas de
turnos fosse qual fosse as funções, para evitar acidente e outros
constrangimentos. Era um sargento, que estava vestido com uma calça cáqui,
coturnos bem engraçados, uma camisa preta e uma toca ninja. Marques ficou em
posição de sentido, o cabo viu a patente de sargento no ombro esquerdo do
militar, era um policial especializado, membro do serviço de inteligência. O
que por si só explicava, a falta do sobrenome no uniforme, somente um número
aleatório.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> —
Descansar cabo! O velho quer bater um papo amigo contigo! — Disse o sargento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> —
O velho senhor? — Perguntei confuso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
— O tenente-coronel Moreira César, ele que ter a
honra de gastar um latim, com a vossa senhoria cabo é simples assim. O homem
está ansioso, te esperando, na sala dele, entre sem bater, assim disso o velho,
nada de salamaleques funcionalistas da academia militar, hoje não meu estimado.
— Respondeu de forma informal o sargento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
O cabo Marques, sem entender nada, sem saber o que fazer,
ficou calado e um silêncio constrangedor se abateu na torre sul, de observação.
Sobre o linguajar inculto do sargento, o cabo Bruno, creditou ao fato do
sargento ser uma célula de infiltração.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> O
sargento ficou parado e levantou a mão ao ar, a poucos centímetros do cabo
Bruno, sem falar nada, pedindo para o cabo repassar o fuzil, e a sentinela
repassou a arma para o sargento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
— A pistola também cabo, faça o obséquio, de me passar todas as armas, que
estiver carregando. É uma ordem cabo, por favor não faça o homem esperar muito,
pois nunca vi o velho com tanto bom humor, como vi hoje. — Ordenou o sargento
em voz de comando! — E continuou— Nada de salamaleques! E nada de
funcionalismos da academia militar, meu estimado!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
A sentinela, sorriu nervoso, passou as armas para o superior imediato, e sentiu
um enorme calafrio na espinha, pois tinha medo do desconhecido, tinha pavor de
tudo que não compreendia. O cabo bem sabia, que algo ruim estava acontecendo
naquela hora: — <i>Nada de salamaleques! Nada funcionalismo da academia
militar! Meu estimado! </i>—<i> </i>Eram códigos mais que
desconhecido, era incompreensível ao extremo, pelo menos no meio marcial, no
qual o cabo fora treinado. Daí o cabo Bruno pensou, que o serviço de
inteligência, deveria operar assim mesmo, de maneira informal, que se estendiam
ao meio militar, pois eles não só coletam dados e sim trabalhavam infiltrados
nas organizações do crime organizado. O serviço de inteligência, era conhecido
e reconhecido por não se misturar, com as outras unidades, por questões óbvias.
Pois nada incomum, que agentes públicos e agentes dos serviços de segurança
pública, se misturarem, se associarem, com pequenos criminosos e até
organizações criminosas. O militar bateu continência, para seu superior e deu
as costas para o outro até ser impedido de continuar a andar, pois a mão do
sargento segurou-lhe o ombro com muita força. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
— Eu disse todas as armas cabo, tirar o colete, a Beretta, o comunicador
auricular, a faca e o canivete também. Passa agora para cá! Vamos! — Ordenou o
cabo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
Passado o desconforto inicial, o cabo passou todo o seu equipamento de serviço,
para o sargento, por um breve momento. Marquês pensou que iria ter que tirar
toda a roupa, ou ser revistado pelo superior hierárquico, como se fosse um
marginal de rua qualquer. O sargento colocou todo o equipamento em cima da
pequena mesa e então tirou a toca ninja. O cabo reconheceu de imediato, o
sargento Alexander, o instrutor chefe de armas e responsável pelos equipamentos
bélicos do batalhão, era o melhor atirador de elite do quartel, assim diziam.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> O
sargento Alexander, homem duro e cumpridor dos seus deveres, atento a todas as
normativas militares e todos os protocolos funcionais de segurança. O cabo
Marquês, muitas vezes ouviu o sargento bradar alto e bom som, que gostava mais
das armas, do que das pessoas. Segundo o sargento, as pessoas não são
confiáveis e em momentos de embates, o seu porto seguro, eram sempre elas, os armamentos
que ele tinha em suas mãos. Assim pensava e dizia o sargento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
— Cabo! Use as escadas, os elevadores não estão funcionando no momento.
— Disse Alexander.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
— Mais alguma recomendação oficial? — Perguntou a sentinela.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
— Sim é claro, tire este desconfiado sorriso besta de civil, da cara e
ande logo. Aqui a ordem unida é lei e o coronel não gosta de esperar. — Disse o
sargento em tom marcial, contradizendo-se.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
A sentinela, deu as costas e seguiu em marcha, ao descer pelas escadas da torre
sul de observação, o cabo teve outra estranha sensação. O corredor que levava a
escadaria em caracol, parecia mais estreito e as próprias escadas, pareciam não
ter fim quando ele avançou e olhou para baixo. Ao enfrentar a dura caminhada, o
militar perdeu a noção de tempo de novo, parecia que as escadarias, de fato não
tinham fim, o militar pensou que estava ficando
louco. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> Outro
fato que chamou a atenção do militar, foi que ele não tinha visto o coronel
Moreira Cesar, entrar no batalhão. Ele viu quando o coronel saiu sozinho e a pé
do prédio, como ele sempre fazia, na mesma hora, antes do cabo perder a noção
de tempo. E Marques não viu o militar de alta patente, voltar para o prédio. O
batalhão, por motivos óbvios, tinha somente uma entrada, e outras três saídas
alternativas, que só abrem por dentro. E caso elas fossem abertas, de qualquer
forma, Marques e as outras sentinelas, postadas nas outras torres de
observação, seriam informadas de imediato. As sentinelas seriam informadas,
pelo sistema eletrônico, que controla os sensores das portas da saída e
entrada, das janelas do prédio. E se o sistema falhasse os drones, os
informariam da abertura, de qualquer das portas alternativas e das janelas. E por
fim pelas câmeras internas de vigilância, que eram ativadas pelo movimento,
também avisaram as sentinelas, das aberturas das portas e janelas. O fato era
que o cabo Bruno Marques, estava mais que curioso, para saber onde aqueles
corredores sombrios e seculares o levariam, se é que o levariam a algum lugar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Fragmento
do livro:<b> Em dias de sol e calor, em noite de tempestades e frio. </b>Texto de
Clarisse Cristal, poetisa, contista, novelista e bibliotecária em Balneário
Camboriú, Santa Catarina.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> </span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-5129058821670424282024-03-01T08:34:00.003-03:002024-03-01T08:34:50.060-03:00CLARISSE CRISTAL E O AMANHECER DE UM NOVO DIA<p><span style="font-family: arial;">Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><i>Olho
para trás<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><i>Preciso
ver o que perdi<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><i>Tentar
sentir novamente<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><i>O
que já não existe mais<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><i>O
que ficou para trás<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><i>***<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><i>Mas
creio que não sobrou muita coisa<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><i>Do
nosso sacrossanto amor<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><i>Minha
divina Luna<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><i>Não
sobrou muita coisa<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><i> Para
nós dois, meu negro anjo</i><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
Clarisse Cristal, viu o alvor da luz de um novo dia, um despontar lento no
horizonte infinito, um nascer do dia como jamais sentira na jovem vida. Ela
olhou maravilhada para o oceano Atlântico, para o astro rei soberano, como só
ele sabe ser, impondo a forte luz laranja, em meio às nuvens cinzas e as águas
verde mar. Sim, aquele era um novo dia de fato, o primeiro de muitos que
sucederam dali para frente, foi uma promessa que ela fez para si naquele exato
momento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
A bibliotecária, parada e de pé, na sacada do requintado apartamento, de
cobertura, do emérito professor luso-africano Adérito Muteia. Ela estava
extasiada e contemplando o esplendor do amanhecer de um novo dia no novo mundo.
Ela completamente nua, o perfeito corpo negro, mais parecia uma escultura
vivida de ébano, que se confundia e se completava harmoniosamente com, a
decoração estilo neoclássica da casa do misterioso luso-africano.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
E em um olhar mais apurado, contudo parecia que era peça que faltava, para
quebrar o rigor estético e simétrico neoclássico do lugar. Clarisse Cristal
escutou o forte ronronar do dono da casa, não muito distante dela. Ele que
estava também nu e deitado na enorme e confortável cama de casal vitoriana,
ladeado com as imponentes cabeceiras douradas, dois abajures um ligado e outro
apagado e capitonê! O ronronar que evolui para balbucios em um dialeto africano
de forma brusca. Ela não gostou, nem um pouco, de vê-lo tão angustiado assim, era
um pesadelo, ela intuiu o óbvio naquela hora onde os sentimentos bons e ruins
se misturavam para o além do imaginável. Pois ele era um fruto proibido, que
ela acabara de provar e as consequências não tardariam a chegar, tão certo
quanto o nascer do sol que ela contemplava naquele momento. E as evidências
estavam espalhadas por todo o amplo apartamento ricamente decorado e em
especial em uma pintura de um retrato de tamanho natural. Uma reprodução
mais que perfeita da fotografia, que ela vira a poucas horas passadas na sacada
do Café Ivory Tower. Clarisse, reconheceu o trabalho, e não tinha como não
reconhecer, era uma obra de um jovem artista negro que fora estudar belas artes
na Alemanha, há tempos atrás, era um conhecido discípulo de Adérito Muteia. O quadro,
um produto do movimento do romantismo, que detinha um ar mais aristocrático do
que a fotografia, o precioso quadro estava postado no hall de entrada do
apartamento. E era um poderoso recado, para quem por ali chegasse pela primeira
vez, de quem mandava ali. A dona da casa era Agnela e aquele homem é só seu. A
casa era dela e as marcas estavam em toda parte, das peças caras, raras e
artesanalmente produzidas do mobiliário, planejado que por fim se misturavam
harmonicamente, com as pequenas peças de decoração baratas compradas nas
lojinhas ali na esquina. Eram artigos da cultura afro-brasileira e indígena,
frutos da produção em massa, Clarisse calculou que era para quebrar o rigor
neoclássico e aplacar o gosto do homem da casa. Nada de excessos, nada de exageros,
nada em demasia, ali reinava a harmonia, a perfeição, a simplicidade e o bom
gosto estavam em toda parte para onde se olhava e por fim o equilíbrio entre o
caro e o barato, o artesanal e o fabricado em massa. Clarisse viu a mão leve e
talentosa de Agnela, em tudo e uma leve supervisão de Adérito. Também em
pequenos detalhes, nas cores principalmente vivas e fortes que remetiam à
África, aos povos das florestas e nos livros à mostra.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
Clarisse respirou fundo, esticou a braço esquerdo, foi até a sua bolsa tiracolo
bege para notebook, que estava posta em uma cômoda. Ela nem se importou em
checar o celular e o tablete as inúmeras mensagens em vários aplicativos e
chamadas perdidas, na verdade nem cogitou a possibilidade. Ela divagou um pouco
sobre o clube virtual formado só de mulheres e para mulheres, o grupo sutiã
vermelho e das longas trocas de mensagens proibidas para homens. Eram tolas
reminiscências da outra vida, onde tudo era superficial, fluido e urgente, nada
era nada e tudo era tudo. A jovem mulher tirou da bolsa um notebook e foi
ocupar uma cômoda não muito longe dali. Sim, ela ocuparia a mesa de trabalho do
enigmático literato luso-africano Adérito Muteia, por um breve momento. Era um
sonho muito distante, se revelou uma perigosa realidade, com infinitas
possibilidades e nenhuma delas era boa de fato fosse para quem fosse. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Fragmento
do livro: <b>Em dias de sol e calor, em noite de tempestades e frio.</b> Texto de
Samuel da Costa, contista, poeta e novelista em Itajaí, Santa Catarina. </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Contato: <a href="mailto:samueldeitajai@yahoo.com.br" target="_blank">samueldeitajai@yahoo.com.br</a></span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-40593848964326689732024-03-01T08:32:00.000-03:002024-03-01T08:32:09.020-03:00DEIXE-ME SER SUA<p><span style="font-family: arial;">Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ressurgi
na minha escuridão,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Sempre
calado...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Olha-me
apenas, como a sua amiga,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Quando
na verdade<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O
meu pensamento está em pecado,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Loucura
misturada com insanidade!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">***<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Nunca
se entrega às minhas súplicas,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Intimida-me
com palavras sem nexo,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Será
que existe reciprocidade?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">***<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Tomada
por um desejo,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Sou
eu querendo provar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Dos
seus beijos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">E
saciar todos os seus pecados,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ser
a sua mulher, amante,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ser
toda sua.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">***<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Há
tempos lhe almejo,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Será
que não mereço ser sua joia rara?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Sua
eterna namorada, a sua musa!?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">***<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Deixe-me
embriagar a sua vida de amor,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Sem
controle, sem medidas, sem pudores,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Deixe-me
ser toda sua, incógnita doçura...!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Fabiane Braga Lima, é poetisa, contista e cronista em Rio Claro, São Paulo.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3064048500852345876.post-75580158242135413692024-03-01T08:29:00.002-03:002024-03-01T08:29:57.338-03:00CLARISSE E O ASTRO-DOMO<p><span style="font-family: arial;">Por Clarisse Cristal (Itajaí, SC)</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Olhe bem para os olhos
meus<o:p></o:p></span></i></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Minha querida<o:p></o:p></span></i></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Pois é última vez que os
verá<o:p></o:p></span></i></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Parto hoje no dilúculo<o:p></o:p></span></i></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Parto para sempre<o:p></o:p></span></i></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> E para nunca mais
voltar<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
Ela olhou para trás e pode contemplar o homem deitado na cama, ele
resmungava em um dialeto africano e se debatia levemente. Por um breve momento
Clarisse Cristal quis compreender o que ele balbuciava naquela hora. Um
devaneio somente, pois ela já tinha muitas coisas com que se preocupar,
terminar o que tinha começado antes de tudo antes de tudo.<b> </b>A jovem
mulher então elevou de forma bem lenta as delicadas e hialinas mãos, até o
teclado do microcomputador, e ela ligou no piloto automático, pois o texto para
a revista de arte e literatura Astro-domo, já estava mais que pronto e agora
era só fazer brotar na tela do aparelho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Epílogo 1:</span></u></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Reminiscências de um passado que não passou</span></u></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> </span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> </span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Fui encontrar Adérito Muteia, um ícone
cult da literatura subterrânea da atualidade, no deck do Café Ivory Tower, em
meio de flores negras e as flores vagas, tendo o mar como testemunha.<i> ‘’Nada
é de verdade e vivemos em um mundo de mentiras e de doces ilusões, minha
querida Clarisse Cristal!’’</i> — Confidenciou-me o grande escritor,
poeta, ensaísta, crítico de arte e professor africano de literatura moderna e
pós-moderna.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
Sim, subterrâneo e com o direto as todas as negras linhas em<b> </b>imaculadas
páginas em branco, deste mundo e de outros mundos também. Pois o artista neossimbolista
e neossurrealista luso-africano se escondeu, até a pouco tempo, se resguardava
entre vários pseudônimos e heterônimos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
A obra do pensador Adérito Muteia está distribuída em textos disseminados em
várias revistas de pequenas tiragens, jornais obscuros, em livros de tiragens
limitadas, livros digitais, textos espraiados em redes sociais digitais e
opúsculos. Perguntei sobre o seu obscuro e nevoento passado de luta armada na
velha África e no norte da Europa, o professor luso-africano foi enfático:
— <i>Fui abduzido das salas de aula que tanto amava e ainda amo, de forma
virulenta, fui convocado para luta armada, pela libertação do meu país natal,
países irmãos africanos e no norte do continente europeu. Eram tempos da guerra
fria, do dito mundo bipolar, do equilíbrio do terror. São coisas do passado,
não muito distante, minha querida Clarisse Cristal, de um mundo que já não
existe mais e que a tua geração não pode compreender em absoluto!</i> —
Desconversou o professor luso-africano, não querendo aprofundar-se em demasiado
em fundas vermelhidões de velhas chagas, ainda abertas, que ainda escorrem em
rios, de um passado que na verdade não passou. Sobre as suas aventuras e desventuras
de guerrilheiro comunista no velho mundo, deixaram profundas marcas na
literatura de Muteia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
Prossigo a entrevista e perguntou sobre a profissão de escritor independente,
nos dias de hoje, de escrita cibernética, instantânea e rasa, na era da imagem
e da sociedade dos mega espetáculos e a resposta foi enfática: <i>—
Escrever é transcender para além das infinitudes, é fugir das obviedades da
vida cotidiana! E não conhecer limites algum! —</i> E para definir o que é
o mundo em que vivemos hoje o literato assim definiu: <i>— O que é
realidade? No mundo de hoje, a realidade é o que a gente quer que ela seja por
fim! </i>— E mostrando toda a sua perspicácia e tempo exato, em que as
coisas ocorrem, ao antecipar uma pergunta subsequente que estava na ponta da
minha língua: <i>— E antecipando a tua inevitável pergunta, respondendo
que eu navego, ou melhor flano livremente, entre aos movimentos estéticos
simbolista e surrealista. Trafego livremente por estas tendências estéticas,
mesmo que esteja fora de moda falar em movimentos estéticos e literários nos
dias atuais. E vós digo que para os padrões de hoje, estás duas tendências
literárias e estéticas que mais podem representar o que costumeiramente se
chama pós-modernidade! E te digo do alto da minha frágil mente difusa, que
estes dois movimentos estéticos, um pré-modernista e outro modernista, são as
linhas mestres estéticas, que melhor definem o pós-modernismo caótico
contemporâneo em que vivemos hoje, o dito mundo liquefeito, como nominou um
filósofo do leste europeu!
</i><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
O catedrático prosseguiu a conferência, me dizendo que no passado, não muito
distante da humanidade, a arte escrita, em específico, era produzida no bico da
pena, tinta, mata-borrão, papel e iluminada por luzes de velas e lampiões,
produzida por poucos e consumida por poucos. E tudo mudou, avançou com o
processo da mecanografia, da cultura de massa. Então livros, jornais e revista
passam a ser produzidos em larga escala e para uma população cada vez mais
maior e urbanizada e o letramento se expandiu a índices nunca visto pela
humanidade: <i>— Escritores, e artistas em geral, deixaram o mundo seguro
da proteção de poderosos potentados, de reis e rainhas, da elite monárquica e
de ricos mecenas. Escritores, e artistas em geral, passaram a servirem e serem
sustentados por um público leitor/consumidor de artes, da então nascente
cultura de consumo em massa. Isso tudo predominantemente no dito ocidente
judaico/cristão e greco-romano no novo e velho mundo.</i> — E em uma
divagação sobre passado, presente e futuro, Muteia evoca a Akademos. A academia
fundada por Platão, que foi construída nos jardins consagrados em homenagem ao
herói ateniense Academus, um dos heróis troianos, da mais que famosa Guerra de
Troia (século XII a.C.), que originou o nome Academia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
Nas palavras de Muteia: — <i>Se no passado mais distante os pensamentos,
as dúvidas e as divagações mais profundas eram restritos para poucos, na
academia e lugares de meditação. Os atuais avanços tecnológicos, vulgarizaram
demais o saber, a tal ponto que promoveu os tolos, os imbecis e os rasos de
pensamentos em sábios e catedráticos, que no passado somente falavam para uma
diminuta população também de tolos, imbecis e rasos. Mesmo que se de um lado o
conhecimento esteja democratizado, pelo menos um pouco mais, há hoje uma enorme
biblioteca pública digital e acessível a um crescente público, porém há uma
enorme cidade de pessoas produzindo muitas inutilidades, promovendo massacres
teóricos e banalizando questões seriíssimas.</i><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">
Para finalizar esta primeira parte da longa entrevista, com o emérito professor
luso-africano Adérito Muteia. E com a promessa, de irmos até o cerne da
produção literária do proeminente professor e pôr fim ao semianonimato do
literato luso-africano. Ficam muitas perguntas e poucas respostas no ar para
serem desenhadas por Adérito Muteia e captadas em um gravador digital e
trespassada para o subconsciente e inconsciente meu para depois ganharem vida
própria nas páginas da revista da Astro-domo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-bidi-font-weight: bold;">Fragmento do livro<b> Em dias de sol e calor, em noite
de tempestades e frio, </b>de Clarisse Cristal, contista, poeta e novelista em
Itajaí, Santa Catarina. </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></p>Paccelli M. Zahlerhttp://www.blogger.com/profile/03703617248507061248noreply@blogger.com0