quinta-feira, 1 de maio de 2025

CAPTURANDO A BELEZA ATRAVÉS DAS NEGRAS LUZES E DAS ÁLGIDAS SOMBRAS!

 Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)

 

Oxum, também escrito Osun

  Um poderoso orixá  

Do povo Iorubá

Assim me disse o griot

***

Se tu achas mesmo que eu sou louco

Venha e chegue mais perto

Em um lembrete simples

Explico que vida é uma obra de arte

Que ocorre em diferentes estágios

Eu tenho visto as críticas e os críticos

Como algo lisonjeiro e corriqueiro

Como as vestes

Que uso para cada ocasião

***

Não hesito em me conectar

Em diferentes realidades cotidianas

Temos alguns cenários nas usuais

Que eu ouso frequentar

Vez ou outra

***

Nunca estive tão orgulhoso como agora

 De ser um afro-descente

No novo mundo

Brilhando e crescendo sem desculpas

Para quem quer que seja  

Investindo nas curas

Das minhas muitas feridas internas  

***

Orgulhosamente

Posso usar digitais aplicativo de rotas

E descobrir para onde eu quero ir

E acabei de descobrir um lugar remoto

No meu vilarejo  

E consigo ouvir Jazz fusion

Tocando ao fundo de uma tasca

 Hoje é dos meus lugares favoritos

Onde eu posso contemplar

A arte afro-futurista

E ser livre afinal levando uma vida boêmia

Não me levem para casa

Não agora!

***

No palco uma linda mulher negra!!

Enviar-te-ei alguns souvenires

 Brincos, colares, pingentes, anéis...

Gargantilhas e pulseiras

Existe de mais poderoso?

Do que uma negra ninfa!

No palco!

***

As coisas simples na vida

Começam pequenas e passageiras

E terminam mais complexas e valiosas  

Criando assim

 Sibilinas memórias atemporais

***

Escritores?

Eu não consigo encontrá-los

Somente me baseado

Nos títulos das capas  

***

Na gentrificação

As memórias coletivos

 Começam a desaparecer

Então eu tento resistir

Me reunião com os meus antepassados

***

Em uma busca interna  

De intensidade e imensidão,

 Querendo relembrar esses cenários

E sentido, climas e conceitos

Por mais variados que fossem

A muito esquecido

 Redescobrir narrativa subjacente,

Narrativas da mãe África.

 

Fragmento do livro: Astro-domo. Texto de Samuel Costa, contista, poeta e novelista em Itajaí, Santa Catarina.

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