Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)
Oxum,
também escrito Osun
Um poderoso orixá
Do
povo Iorubá
Assim
me disse o griot
***
Se
tu achas mesmo que eu sou louco
Venha
e chegue mais perto
Em
um lembrete simples
Explico
que vida é uma obra de arte
Que
ocorre em diferentes estágios
Eu
tenho visto as críticas e os críticos
Como
algo lisonjeiro e corriqueiro
Como
as vestes
Que
uso para cada ocasião
***
Não
hesito em me conectar
Em
diferentes realidades cotidianas
Temos
alguns cenários nas usuais
Que
eu ouso frequentar
Vez
ou outra
***
Nunca
estive tão orgulhoso como agora
De
ser um afro-descente
No
novo mundo
Brilhando
e crescendo sem desculpas
Para
quem quer que seja
Investindo
nas curas
Das
minhas muitas feridas internas
***
Orgulhosamente
Posso
usar digitais aplicativo de rotas
E
descobrir para onde eu quero ir
E
acabei de descobrir um lugar remoto
No
meu vilarejo
E
consigo ouvir Jazz fusion
Tocando
ao fundo de uma tasca
Hoje
é dos meus lugares favoritos
Onde
eu posso contemplar
A
arte afro-futurista
E
ser livre afinal levando uma vida boêmia
Não
me levem para casa
Não
agora!
***
No
palco uma linda mulher negra!!
Enviar-te-ei
alguns souvenires
Brincos,
colares, pingentes, anéis...
Gargantilhas
e pulseiras
Existe
de mais poderoso?
Do
que uma negra ninfa!
No
palco!
***
As
coisas simples na vida
Começam
pequenas e passageiras
E
terminam mais complexas e valiosas
Criando
assim
Sibilinas
memórias atemporais
***
Escritores?
Eu
não consigo encontrá-los
Somente
me baseado
Nos
títulos das capas
***
Na
gentrificação
As
memórias coletivos
Começam
a desaparecer
Então
eu tento resistir
Me
reunião com os meus antepassados
***
Em
uma busca interna
De
intensidade e imensidão,
Querendo
relembrar esses cenários
E
sentido, climas e conceitos
Por
mais variados que fossem
A
muito esquecido
Redescobrir
narrativa subjacente,
Narrativas
da mãe África.
Fragmento do
livro: Astro-domo. Texto de Samuel Costa, contista, poeta e novelista em
Itajaí, Santa Catarina.
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