Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)
Existem imagens que olham
Há
aquelas que sentem
E
aquelas que nos capturam
***
Os
artistas pós-modernos
E
as suas artes pós-modernistas
Em
confronto com a hirta realidade
Em
um breve lembrete
Nada
comovente
Para
instigar as vossas potencialidades
E
as vossas imaginações sem limites
***
Navegando
pelo deserto do real
Que
rejeita as belezas negras
Rebelamo-nos
então através
Das
belas-letras e das belas-artes
A
reclamar as novas afro narrativas
Para
reescrever as nossas histórias
Quantas
vezes for necessário
***
Através
de sublimes cores ousadas
Composições
suprareais dinâmicas
E
vagas formas abstratas
Dão
conta dos portentosos
Guardiões
em perdidas aldeias
Não
são mais aquelas figuras místicas
Usando
grotescas máscaras faciais
E
armas primitivamente obsoletas
***
Então
somos testemunhas
Oculares
e auriculares
Das
forças duradouras das antiquíssimas
Tradições
culturais afro
Das
muitas conexões espirituais profundas
Entre
o passado, o presente e o futuro
***
Um
conceito sem sentido algum
A
única coisa que me traz a paz
É
me enxergar nos outros seres viventes
Às
vezes me pergunto
Dos
motivos termos a mente dividida
Entre
a razão e emoção
Impedindo
de percebermos
As
infindas belezas negras
Quando
as mentes não estão em sincronia
***
Um
conceito estranho
Li
e reli textos
Vi
e revi imagens estáticas
E
em movimentos
Até
os olhos secarem
E
constato que eu devo continuar
A
desvendar as imagens difusas
Que
surgem diante de mim
***
Conceito
sobre os dourados sonhos
As
coisas não são assim
Tão
simples e posso assegurar
Às
vezes somente observo
E
foca demasiado
Da
outra pessoa dentro de mim
Se
afastar dos seus sonhos
***
E
a me dizer que os sonhos dourados
Não
se sustentam em definitivo
E
ser bem sucedido
E
em certas alturas impossíveis
Não
nos dá a possibilidade
De
sustentar ideias vagas
Suspensas
no ar
Fragmento do
livro: Astro-domo, de Samuel da Costa, contista, poeta e novelista em
Itajaí, Santa Catarina.
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