Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)
Musselinosa
poetisa
No
eviterno e árduo caminhar
Para
chegar até o teu coração
Não
me guie
Deixe-me
olhar através
Das
lactas ires dos sucínicos olhos teus
***
Não
negues o meu direito de sorrir
Deixe-me
adentrar nos pensamentos teus
Pois
nenhuma mente
É
uma ilha insular
***
Alabastrina
poetisa
Disseste
então somente para mim
Que
algumas flores raras
Florescem
somente no outono
***
E
te respondo
Dizendo
em versos e prosas
Que
os teus lânguidos olhos
Falam
tão baixo
Que
somente eu posso escutar
***
Nívea
poetisa
São
tão inspiradores
Os
vossos estribilhos
Dizem-me
que apenas abelhas
E
flores selvagens
Encarnam
a real beleza atemporal
Com
as suas divinais graças incomparáveis
***
Diga-me
o que lhe vem à cabeça
Quando
olhas para os estros meus?
Diga-me
qual deles é o teu favorito!
***
Cândida
poetisa
As
vossas cantigas
Versão
sobre os meus côncavos
E
convexos perceberes
O
mundo pelas cristalinas lentes
Dos
óculos de realidade virtual
Capturam
imagens vívidas
Com
a máxima precisão
E
incomensurável ternura
Fragmento do
livro: Astro-domo, texto de Samuel da Costa, contista, poeta e novelista em
Itajaí, Santa Catarina.
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