sexta-feira, 1 de maio de 2015

PRIMA-DONNA DE ÉBANO

Por Samuel da Costa (ALB, Anápolis, GO)

(Para Luana D'Oliveira)

Nas noites gélidas sem fim
Tu és o vento encantado a soprar
São sussurros murmurejantes
Prantos noturnos orvalhados ao luar...

A tua voz musselinosa...
São sinfonias do ocaso
A bradar lágrimas sonoras

  Arcangélica e augusta és...
Sagrada em ritos pagãos
Tu és a ninfa encantada dos bosques...
A minha negra Valquíria
A vagar na imensidão do universo infindo

És a negra Valquíria!
Que me abraça na hora derradeira
És a flor negra...
És a Halfeti...
A que vem me buscar
Pela graça imortal das deusas e deuses
Há muito esquecidos!

 É no verdadeiro fim
 Vens com teu abraço glacial
Abraçar-me e dilacerar
A minha alma imortal

E na hora extrema
Na hora derradeira
E partimos juntos
Para além do infinito


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