quarta-feira, 1 de setembro de 2021

O MALEFÍCIO DOS MAUS LIVROS

Por Humberto Pinho da Silva (Porto, Portugal)


A responsabilidade de quem escreve é incomensurável

O livro, assim como o filme, pode mudar – e muitas vezes altera, – completamente o modo de pensar, e até o carácter de quem o lê ou assiste.

Karl R. Popper, a 26 de Maio de 1981, na Universidade de Tubingen, revelou:

" (...) Nós, os intelectuais, desde há milénios que vimos causando os mais terríveis danos. Os massacres em nome de uma ideia, de uma doutrina, de uma teoria – são obra nossa, são uma invenção nossa, uma invenção de intelectuais. Basta que deixássemos de atiçar os homens uns contra os outros – às vezes com as melhores intenções – e já seria muito." - " Em Busca de Um Mundo Melhor" – Editora Fragmentos.

A primordial missão do escritor e do cineasta, deveria ser: espalhar harmonia e concórdia, entre os povos, e não atiçar discórdia, guerra, ódio e devassidão.

Quem escreve, apenas para alcançar notoriedade, recorre, muitas vezes, a cenas asquerosas de alcova ou torna-se revolucionário ou " político": contra tudo, contra todos.

Segundo Beltrand Russel, os escritores são infelizes" Não têm oportunidade de exercer livremente os seus talentos, e serem obrigados a pôr-se ao serviço de ricas corporações, dirigidas por filisteus, que obrigam a escrever o que eles muitas vezes consideram disparates perniciosos." - " A Conquista da Felicidade."

Os escritores e jornalistas, raras vezes são independentes, dependem dos editores ou da administração do periódico.

O resultado são obras, verdadeiras cloacas, e violentas verrinas à Moral e à Igreja.

Para vender livros, recorre-se a tudo que delapida a base da civilização cristã: textos, imagens, discrições lânguidas.

Esquecem-se – será que se esquecem? - os malefícios que causam à juventude - e não só, - ao apresentarem relações perniciosas e diabólicas.

Se a sociedade abandona os princípios, que enobreceram – em passado recente, – nossos avoengos, em parte, deve-se à literatura, exposta, sem pejo, nos escaparates do livreiro.

Outrora, também se escrevia obras abomináveis, mas o acesso era restrito, o que não acontece atualmente. Em suma: se a sociedade é boa ou má, violenta ou pacífica, deve-se, quase inteiramente, á mass-media e aos fazedores de opinião - escritores e jornalistas.

GUERRA JUNQUEIRO E A "VELHICE DO PADRE ETERNO"

Por Humberto Pinho da Silva (Porto, Portugal)

 

Velho amigo dos bancos colegiais, já falecido, dizia-me, com graça: " A filha de guerra Junqueiro (que ainda conheci,) é o castigo do Padre Eterno..."

Realmente a Senhora primava pela delicadeza, e pela ausência de beleza...

Guerra Junqueiro faleceu em 1923, a 7 de Julho, com 73 anos de idade, na cidade de Lisboa.

Foi dos principais responsáveis pela queda da Monarquia, e acérrimo demolidor dos Braganças.

Os violentos ataques à Igreja, eram ferozes verrinas à Religião, extremamente arrasadores.

Porém, nos derradeiros anos de vida, arrependeu-se acerbamente do que havia dito e escrito.

Em " Prosa Dispersas", amarguradamente escreveu: " Eu tenho sido, devo declará-lo, muito injusto com a Igreja. A Velhice do Padre Eterno é um livro da mocidade. Não o escreveria já aos quarenta anos. Animou-me e ditou-me o meu espírito cristão, mas cheio ainda de um racionalismo desvairado, um racionalismo de ignorância, estreito e superficial. Contendo belas coisas, é um livro mau, e muitas vezes abominável."

Sobre " A Pátria", considerou que deveriam ser expurgadas ofensas a Oliveira Martins e ao Rei D. Carlos.

Solicitou mesmo, ao amigo Conselheiro Luís Magalhães, que ao readitá-la, retirasse frases injuriosas. Ele próprio eliminou várias passagens, e deixou declaração escrita, que eram falsas as edições com a versão na integral.

Nos últimos dias, o poeta, tornou-se católico, pedindo que o funeral fosse cristão, e asseveram que se tornou monárquico...

Guerra Junqueiro, raras vezes escrevia em casa, na secretária, mas na rua passeando. Passava depois, a lápis, num retalho de papel.

Era baixinho, tinha enormes e espessas barbas, e vestia-se modestamente.

Certa vez, andava a passear e encontrou pequeno chavelho e levou-o pontapeando, na frente. Ao passar na praça da terra, camponeses, muito altos, ao vê-lo, desataram às gargalhadas, que ao poeta, afigurou-se de troça, e deu-lhes o troco:

- " Ah! Ah! Ah! Quê?! Tantos e tão grandes a rir à custa dum tão pequeno!"

Os que o ouviram levaram para as estaturas, e não para a imbecilidade (chifre) de quem se ria dele.

Foi excelente administrador. Deixou valiosa coleção de Arte e considerável fortuna.

Ao abordar o poeta e seu arrependimento tardio, lembrei-me do ilustre escritor açoriano, Vitorino Nemésio, e sua conversão.

Em 1955, ao conversar com o Bispo Emérito de Aveiro, D. Manuel Almeida Trindade, por longas três horas, o professor, em lágrimas, congraçou-se definitivamente com Deus.

Vitorino Nemésio, além de ser excelente escritor, era professor universitário, diretor do diário lisboeta: " O Dia", antigo mação, e comentador da RTP.

Segundo Agostinho de Campos, em: " Ler & Tresler", os grandes escritores portugueses do último quartel do século XX, foram vítimas do naturalismo: "Eça de Queirós, Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, todos morreram arrependidos, de mal consigo próprios, desejosos de refazerem as suas vidas de outro modo, se isso lhes fosse possível."

EU ME ENTERNEÇO

Por Vânia Moreira Diniz (Brasília, DF)


 (Sobre a autora: Vânia Moreira Diniz é escritora, poetisa, e Presidente Emérita da Academia de Letras do Brasil, Seccional Distrito Federal - ALB/DF)

TRISTEZA

Por Vânia Moreira Diniz (Brasília, DF)


(Sobre a autora: Vânia Moreira Diniz é escritora, poetisa, e Presidente Emérita da Academia de Letras do Brasil, Seccional Distrito Federal - ALB/DF).



 

TARCÍSIO MEIRA (HOMENAGEM)

Por Gustavo Dourado (Taguatinga, DF)


 (Sobre o autor: Gustavo Dourado é escritor, poeta, e Presidente da Academia Taguatinguense de Letras - ATL)

AMOR LINDO

Por Marcus Rios (Iúna, ES)

 

Somente as pessoas que

Tem um coração puro

Sabe o que o amor significa,

Ele vem de mansinho,

Como o cantar de um pássaro

E começa a fazer o ninho

Nos corações das pessoas apaixonadas.

 

Somente quem tem um coração

Aonde cabe um grande amor,

Este sim sabe o significado da

Palavra amor e vai viver muito tempo

Pois tendo o amor dentro de si ele

Vai ter um grande amor em sua vida.

 

Quem tem um coração grande

E cabe muito amor nele,

Tem sim um grande valor,

Pois assim ele vai ter

Sempre alguém do teu lado

Que vai lhe dar muito amor

E bastante valor em sua vida.

JAMAIS DEIXAREI DE TE AMAR

Por Marcus Rios (Iúna, ES)


Cruel foi a solidão em minha vida

Quando realmente ela apareceu

E tentou tirar todo amor de

Dentro deste meu coração apaixonado.

 

Tentou fechar todas as portas

De entrada do amor para que eu

Pudesse sofrer mais e mais ainda,

Fazendo com que o meu amor

Fosse apenas passageiro nesta vida.

 

Pois o meu amor por ti

Ele foi e sempre será banhado

Pelo luar que brilha e ilumina

Os nossos caminhos aonde

Juntos devemos nos dois caminhares.

 

Quantas vezes nos dois à beira mar

Fizemos o nosso amor intenso,

Junto a um festival de carícias,

Com direito a felicidade e muita

Fantasia que nos enlouquecia.

 

O nosso amor foi sempre

Aplaudido pela felicidade

Que fez com que a minha vida

Fosse tal qual um rio que corre

Mansamente para o mar e ser

Banhado pelas águas salgadas.

 

E novamente eu vou seguindo

O meu caminho sempre em

Busca de momentos lindos,

Momentos estes que vai

Fazendo com que

Nem mesmo o frio

Que vem junto a solidão

Nunca vai congelar esta

Emoção que eu sinto e

Que jamais deixarei de te amar.

ONDE HÁ AMOR EXISTE ESPERANÇA

Por Marcus Rios (Iúna,ES)


O amor é assim,

Muitas das vezes,

Ele nos prega uma peça,

Outras vezes ele capricha,

E nos faz sentirmos o

Mais feliz dos mortais.

 

Pois no amor para que

Ele possa ser lindo,

Sincero e puro,

Basta que o casal seja

Um eterno namorado.

 

Nunca se deve brincar

Com o amor de uma mulher,

Pois quando magoamos

O coração da pessoa amada

Sentimos que em nossa vida

Muitas coisas irão acontecer

E nós vamos nos sentir triste.

 

Eu entendo no meu pequeno

Raciocínio para que se tenha

Um amor de verdade, aonde,

A lealdade e honestidade esteja

Acima de tudo o amor tem

Quer ser muito especial.

 

Pois para mim decifrar o amor

Ele tem que ser assim,

Onde há amor existe esperança.

 

Pois sem amor nunca teríamos

Esperança em nossa vida de um

Dia sermos amados de verdade,

E de sentirmos realmente aquele

Amor que nos faz sorrir, gritar,

Chorar e viver intensamente.

 

Assim eu compreendo como

Deve ser o amor, mesmo que seja,

De ciúmes, brigas, mas sem machucar,

O amor tem que estar sempre presente

E acima de tudo em nossa vida.


(Sobre o autor: Marcus Rios é membro da Academia Iunense de Letras e da Academia Marataizense de Letras e de vários outros sodalícios. Recebeu muitos prêmios literários e honrarias tanto nacionais como internacionais, e tem participado de dezenas de antologia literárias)

 

CORA CORALINA

 Por Marcelo de Oliveira Souza (Salvador, BA)


De branco apareceu

cor da pureza

que sempre mereceu.

 

Pronta para amar

Disse que ia se casar,

Famosa na maneira de rimar,

Resolveu me visitar

na arte do sonhar,

Não estava a delirar.

 

Mulher divina

Com jeito de menina,

Cora Coralina

Que me deixou intrigado

Sonhando acordado

Lá na cama deitado

Vendo-a ao meu lado

Falando de um namorado

que por ela tinha apaixonado

Passando a vida inteira

querendo casar de qualquer maneira

e agora irá se realizar

o sonho da outra vida

de véu e grinalda

saiu daqui pela escada

em forma de pomba foi transformada

batendo as asas a voar.

AMOR ETERNO!

Por Marcelo de Oliveira Souza (Salvador, BA)

 

Vejo algo que aponta

parecendo um reflexo 

Uma visão do mundo

num momento de paz constante.

 

Caminhando em minha direção

Meu coração pulsando como nunca 

num misto de paz e ansiedade

uma grande familiaridade.

  

Com o vento ultrapassando seus cabelos

Inebriando minhas narinas 

Entrando em meus poros.

 

Um sorriso lindo e contente

ao meu alcance 

Ultrapassando o limite do tempo e espaço.

 

Como se um prolongamento do sentimento

lindo intermitente

fosse e voltasse. 

 

Uma fusão de acontecimento 

Que me acompanha e me abastece

O meu amor que todo mundo conhece. 

 

Que percorrerá o infinito 

da eternidade 

O fim da humanidade 

Ecoando nas galáxias

O meu amor.

  

Como uma flor desabrochando

num momento mágico

Retratado pelo fotógrafo

Cristalizado e plenificado

Por todo o sempre.

 

(do livro “Confissões Poéticas”)

 

 

(Sobre o autor: Marcelo de Oliveira Souza, IWA, é escritor e organizador do Concurso Literário “Poesias Sem Fronteiras” e do “Prêmio Literário “Escritor Marcelo de Oliveira Souza”. Reside em  Salvador, BA) 

FILHOS DA PANDEMIA

Por Marcelo de Oliveira Souza (Salvador, BA) 

 

De repente explode a contaminação...

Vem uma grande correria,

Uns dizem que foi proposital,

Uma doença que não é normal.

 

Ela põe o pé no Brasil,

Numa comoção que nunca se viu...

O medo vira pânico, muita gente partiu...

 

O tempo passa, chegando o verão,

Nas ondas o povo surfa

Sem nenhuma, consideração.

 

As festas pipocam até no lar

Amigos, amantes, em todo lugar...

Estarrecido pergunto

Se esse é  o momento...

Vamos nos conscientizar!

 

A miséria assola,

O desespero vem na cola,

Mas o povo comemora

Nas festas e praias,

Inconsciência, decola.

 

Amigos, amantes fora de hora,

O mundo gira de outra forma,

Amantes, morrem agora,

Ou têm os Filhos da Pandemia sem hora.

 

Em meio ao desespero funéreo,

Tem o desespero do parto,

Na agonia da pandemia,

Grita  mais uma  mãe, de dia

E mais uma filha na noite da agonia...

 

Uns nascem dessa guerra

Outros morrem

Beijam a terra,

Esse triste saldo encerra

Nas facetas insensíveis

Desse povo que erra...

FABIANE BRAGA LIME E SAMUEL DA COSTA EM DISPERSÃO

 

___Fruto proibido, tu és a minha sidérea flor de lotus___

Deixa-me voar até a ti.

Deixa-me repousar no afago do teu meio.

Oh, deixa-me...!

Sabemos, eu sou você.

E juntos somos um.

Geane Masago

 

Mexe com a minha libido

Silêncio soturno que me embriaga

Frenesi que me enlouquece.

***

Vem ebúrnea ninfeia veneranda!

Invada o meu ser infindo

Diga que serás minha

Sacrossanta poetisa astral

***

Mil caras!!!

Tortura, que me leva a tara

Devassidão que me guia

***

És única

És bela e nebulosa 

És cândida e augusta 

Minha divinal ardea que flana

Livremente no flórido meu estribilho

****

Olho em teus olhos

Vejo a sombra e a escuridão

Veste suja e rasgada

Proibido tu és!!!

***

Maravilhoso e eufônico

É o cósmico cântico alado teu 

Invade o excelso silêncio notívago

***

Maldita demência

Eloquência

Entrego-me sem redenção

Leva-me a perdição

Homem ou bicho

Amor e medo

Fujo!….

***

Alva

Não fujas

Venha hialina

Venha pura e arcangélica

Invada-me aos sabores etéreos

De milenários mistérios

Exilamo-nos em límpidas

Águas mais que tranquilas

Do místico rio claro teu  

(Fabiane Braga Lima e Samuel da Costa)

 

 

De todas as poesias do mundo que me consolam

 

Eu sempre vou querer saber

Como será acordar

Com o teu perfume na minha pele.

Clarisse da Costa

 

Amo-te tanto, que não cabe mais

 Nos meus versos

Faço deste amor a minha epopeia 

Noite afora minha alma se revigora,

***

Façamos do nosso cósmico amor etéreo

Os nossos multi-versos particulares

Amo-te tanto magnificente alva

Que não cabe mais nos estros meus

*** 

Só o silêncio conhece minha história.

Entristeço-me, te vejo longe daqui

Entre gemidos o coração lhe busca

Questiono-me! Por que não está aqui?

***

Dá realidade fluida atroz

Que nos separa e que nos permeia

Sinto o pranto de todos as milenares dores

Do mundo inteiro

***

Repudio toda ausência

E esta angústia, e este sentimento

Virou loucuras e vaidades

Vivo num desatino, caminho sem destino,

Fico aos prantos, sem saber o que são verdades.

E o que são mentiras

***

Não chore magnificente alva

Luz resplandecente da aurora rubra 

Caminhamos juntos

E de mãos dadas

Entre a mítica bruma que trespassa

 Os infantos versos meus

***

Entrego-me por inteiro à poesia

Só ela me consola

Vendo o luar e infinitas estrelas pela janela,

Escrevo com maestria, eternas poesias…!

***

Como palavra final

Ousamos apreciar o bel canto

Da sacrossanta Yara

Da mística Kianda

***

Tenho como palavra final

Ansiar adentrar na tua divinal morada

E evanescer lento e lânguido

Nas águas mais que tranquilas

Do teu límpido rio claro  

(Fabiane Braga Lima e Samuel da Costa)

 

 

 

Permita-me ser somente tua

Hoje chorei.

Emocionante, cada linha um nome,

 Uma história, uma vida que se foi

Luana Santos de Oliveira

 

Quero abrir meu o coração,

Escuta amor meu!

Amo-te com tanta paixão

Não consigo esconder o meu desejo,

Este anseio de querer os teus beijos.

***

Venero-te alva divinal flor

Álgida e abissal

Com um devote se ergue

E vai conjurar de forma convulsa

As eviternas estrelas

Da noite

***

Do meu pensamento insano e sedento,

Tornei-me refém desta angústia,

Preciso do teu toque, minha loucura,

Posso sentir-te, me toma e transbordo.

Permita-me ser toda tua em heresias.

***

Do eflúvio sutil

Que de teu alvo corpo incorpóreo

 De bacante exala

Embriaga todo o meu ser

Mais-que-imperfeito

 ***

Então, me envolva sobre o teu corpo,

Faça amor comigo com maestria.

Deixe-me sentir teu calor, agora.

Posso descrever tudo que sinto!?

Teu cheiro impregna, desnuda-me…!

***

Façamos perdidamente

No nosso ebúrneo palácio

Das memórias perdidas

No agonizante arrebol 

(Fabiane Braga Lima e Samuel da Costa)

 

 

Apenas sombras de um tempo que não passou

 

Seus versos, sua poesia e a beleza.!!!

Aristides Sousa Maia

 

Num porta-retratos antigo, onde te vejo...

Meus pensamentos em frenesi e languento

Sobre a escrivaninha, idolatro a tua fotografia

Empoeirada do tempo que passou

***

Ainda te tenho benfazeja

E bem resguardada

Aqui no meu palácio

Das memórias perdidas

***

Há um medo árduo de te esquecer….

Reconheço que tudo isto é sombrio

Refém do tempo, guiada por utopias

Acalentando fantasmas indecifráveis...

***

Temos o nosso tempo atemporal

Que é somente meu

E é teu

***

Com palavras amiúdes e desconexas,

Como posso deixar tudo envolver!?

Nada atrai, desconheço tal sintonia!

***

De idolatro em belas-letras mortas 

De idolatro em belas-artes plásticas

Na pós-modernidade fluída

***

Enfim, ninguém vive de mera incerteza

Num mundo ilusório! Morrer de paixão!?

Incoerente, atrair fantasmas inexistente!...

(Fabiane Braga Lima e Samuel da Costa)

 

 

Ouça-me meu sacrossanto amor

De dias e noites, de cores e valores,

Um horizonte às vezes obscuro,

Um pedaço do céu caído,

Mas ainda com esperança.

José Luiz P. Grando

 

Meu amor, escuta meu coração.

Palpita de amor de tanta paixão.

Minha boca anseia teus beijos,

Sem medo, veja, como desejo.

***

Anseio a tua boca faminta

A circum-navegar

No corpo-incorpóreo meu

***

Anseio tua benfazeja 

A circum-navegar

No corpo-incorpóreo meu

***

Eterno! Fez-se morada aqui.

Como posso lhe amar e te querer?!

***

Quero-te ignota poetisa

Afloria magnólia casta  

Postada arcangelicamente

Na nevoenta torre de marfim

***

Meu corpo trêmulo lhe pede,

Ao mesmo tempo, se despede.

Deslumbro-me, ao vê-lo! Fica, amor meu?

***

Evolva-me

Na volúpia mítica nevoa

Outonal que te rodeia

***

És o homem que me domina,

Acalenta-me em teu corpo!

Decifro, te busco em desvarios.

Quero! Sou vasta de sentimento,

Minh’alma clama, todo momento...!

(Fabiane Braga Lima e Samuel da Costa)

 

 

Fabiane Braga Lima é poetisa em Rio Claro, SP

Contato: bragalimafabiane@gmail.com

Samuel da Costa é poeta em Itajaí, SC

Contato: samueldeitajai@yahoo.com.br