domingo, 1 de setembro de 2019

"ESTRELAS"

Por Fernanda Cabral (Brasília, DF)

 

CD PRAIANOS @ 2011 Producción Musical: Cope Gutiérrez. Rodado en IBIZA _ España @ 2013. Dirección: Juan Martín Edición: André Amaro Imagen y vestuario: Juanjo Manez y Paloma Alvarez Fashion Stories. Maquillaje y Pelo: Paloma Alvarez. Página oficial: www.fernandacabral.com Fonte: YouTube. (Fernanda Cabral, além de cantora, atriz, compositora, cineasta, é professora do IESB, Brasília, DF)

CALENDÁRIO


Por Márcia Duro Mello (Bagé, RS)

Mais duas estações riscadas
na folhinha da vida.
É o tempo hibernal!
Ele escorre no cotidiano:
hora  gota a gota,
hora em profusas cascatas.
Goteja o inverno...
No calendário, agoniza o ano;
mas o vento bate nas esquinas;
e a caneta , encantada,
procura palavras como setas.
O inverno bate à porta!
Não há quase tempo,
ele  voa com o vento!
Arrancou-se a folha do calendário;
e as imagens ficam nas lembranças
da realidade e do imaginário.
A geada, pelos pés, é quebrada...
Minha alma fica congelada!
O que marca são os fatos,
são os atos,
são as chamas, na lareira,
que brincam com nossa memória
para, depois, hibernarem...                            

(Marcia Duro Mello é presidente do Movimento dos Escritores Bageenses – MEB)

MAGIA DO INVERNO


Por Ayeza Maria Ranquetat Ferreira (Bagé, RS)

Vento minuano como lobo uivando
nas frestas da janela e nas campinas vastas.
Arrepio perpassando, corpo congelando,
o sangue escasso nas artérias gastas.
O tempo frio, no inverno sulino,
traz anúncios de geadas,
branqueando campos qual cristal reluz!
Gelo enfeita galhos esqueléticos;
árvores despidas de folhas sepultas
são açoitadas, sem piedade, em dias invernais.
Dias frios e úmidos de garoa mansa
cascateiam com brancura
e a cerração avança , castiga e ofusca...
Lareira crepitante de fogo e brasa
aconchega  em amor e ternura.
O inverno transmuta em oração,
momento consagrado de paz e comunhão.

( A autora é membro do Movimento dos Escritores Bageenses - MEB )

DEVANEIO EM MANHÃ DE VERÃO


Por Humberto Pinho da Silva (Porto, Portugal)
  

Caminho tranquilamente, passo a passo, para os oitenta anos, e estou numa esplanada, à beira-mar, olhando o manso ondear das águas, do imenso oceano.
Longe, vejo o mar verde – verde glauco, – beijando suavemente as areias morenas; e mais além: barcaça, embrulhada em alva e diáfana névoa, esfumando-se rumo ao horizonte.
Por cima de tudo, rebrilha, esplêndido céu azul; azul intenso e fresco.
A manhã é macia, quase sem brisa, convidativa a doce sonolência.
Lentamente…lentamente…muito lentamente, dentro de mim, languidamente, tudo se vai esvanecendo…
Apaga-se o leve murmúrio embalador do oceano; o sussurro alegre de vozes perdidas, e risos escangalhados de crianças brincando.
Fecho os olhos. Abre-se, na memória, saudoso recorte do passado. Estampado na retina, vejo: cândido rosto de menininha:
Tem faces trigueiras, cor de pão centeio, tostadinho; olhos fogosos e ternurosos; lábios vermelhinhos, cor de cereja, cheios de risos festivos; epiderme, acetinada, doirada, sedosa, fresca, cheia de Sol.
Era ela; a garotinha que abria a porta da casa, quando era menino e moço.
Lançava os frágeis bracitos, ao pescoço; circundava-me, a cinta, com as perninhas roliças e finas; e, com infantil gesto carinhoso, lambuzava-me, as faces, de doces beijinhos.
Beijinhos húmidos, salivados. Beijinhos acariciadores, imbuídos de palavrinhas ternas, de sincera e ingénua amizade.
Depois…depois, pelo sombrio corredor, corria, balanceando a farta cabeleira, apanhada em rabo-de-cavalo, avisando, alegremente, a minha inesperada visita.
A saudosa cena familiar, que aflorou, arrancada à gaveta da memória, nesta serena manhã de Verão, encheu-me, o coração de terna saudade; saudade do passado, que passou, de passado, para sempre, perdido…; mas, intensamente, ainda vive, dentro de mim.

……………………………………...................................................

Numa tépida manhã de Maio, banhada de morna luz rosácea, parti…As lágrimas escorriam-me pelo rosto, mal escanhoado, e a voz, embargada de saudade, tremia, soluçando.
Acreditava que o amor platónico, não teria fim…Enganei-me. Até a conversa epistolar, extinguiu-se, como nuvem passageira…
Meio século, passou… Passou a juventude e as ilusões…e passou, também, a amizade…
Eu sei… eu sei (mas, queria não saber,) que a amizade, depende, quase sempre, da idade, e da posição social, que se ocupa, no tabuleiro do xadrez da vida…
Muitas vezes – para meu mal, – mergulho em melancólicos devaneios, recordando amorosos episódios do passado. Transformo-os, então, em letra de forma. Servem-me para refletir: nos enganos e desenganos, que tive ao longo da vida.
Sei, ao passa-los ao papel, que são motivo de riso e galhofa, para insensíveis, e para muitos e muitas, que conheci no meu triste peregrinar.
Revelar o que nos vai na alma, é puro desconchavo. É que quem não pensa com a maioria; de acordo com o desvario, que é moda, é: anátema ou bobo….

VERDADES


Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)


Das verdades escombros

e os últimos tons da música

em despedida

dolente

tristes verdades

se afastam do continente

e o homem perde a vertente

vórtice vértice

vontade de se posicionar

no entreaberto espaço



música acabada

ressurgente

na guitarra elétrica

do poente



o ponto principal

na tangência

do acorde.

PROPORCIONALIDADE


Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC) 

Em exatas proporções

a tempestade principia

e depois

o caos

se encarrega

de carregá-la

para longe

no longo caminho

onde se dispersa

em miúda chuva

de poucos ventos



as proporções

se restabelecem

em nova tormenta.

DA SÉRIE AMOR EM VERMELHO: PÉRIPLO

Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)

A minha real
Beleza de ébano
É o que eu vejo diante de mim
Neste exato momento
Em que vivo na minha plenitude
Em tempos vorazes
De infindas dores e infindáveis ódios
Expostos à luz do dia
***
Ester é o melhor momento
Para eu refletir e meditar
Os muitos nãos
Que a vida me impõe
Cruelmente
E é contemplando a lídima natureza
Que arde em chamas
Ou mesmo eu totalmente imersa
Em límpidas álgidas águas tranquilas
***
O meu cândido coração dilacerado
Tem sido indubitavelmente
 Paciente comigo
Durante a minha transição
Do eu criança infanta
Para o eu mulher madura
E realizada
Que eu desejo ser
***
Eu confessei para eu mesma
No meu diário íntimo
Há tempos idos
O amor enlevado e abstraído
Do poeta de ébano em dor
Por mim
***
Agora peço ao negro aedo
 Para deixar eu ir
E seguir em frente
Mesmo sabendo
Que é muito mais difícil
Quando que você é liberada
Do que é bom
E já jamais voltara


DA SÉRIE AMOR EM VERMELHO: O PALÁCIO DA MEMÓRIA

Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)

Eu ser socialmente antissocial....
Desnuda de todas
As muitas verdades
Inventadas
***
Lembro-me vagamente
De ter pensamentos velados
Que vagos
Flanavam no imemorial
Palácio da memória
Em chamas
***
Lembro-me furtivamente
De todos os sentimentos hialinos
E fluídos
Que costumava sentir
Ao lado teu
***
Lembro-me
Dos momentos emocionais
Mais memoráveis
***
Lembro-me
De inatamente ouvir
Lá na câmara ardente
Na negra imensidão abissal
De diálogos inventados
Que nunca ocorreram
De pessoas que jamais existiram
Samuel da Costa
Lembro-me de gravitar
Magnanimamente
Nos versos mais-que-imperfeitos
Do negro poeta em dor
De sentir o que nunca sentir
De dizer o que nunca disse

DA SÉRIE AMOR EM VERMELHO:PIANO PERFEITO

Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)

Harmonias desarmônicas
Um vibrato sintético
Que possa me guiar
Uma lembrança boa, benquista
Benfazeja
Em tempos do cólera
Um sentimento caridoso
Em tempos apoplécticos
De desesperos sem fim
***
Harmonias desarmônicas
Um mavioso vibrato ao longe
Lento e enluarado
Que possa me guiar
Em meio a trágica
Inexistência que me lançaram
Em tempos imemoriais
***
Harmonias desarmônicas
Um nevoento vibrato lento
Longo e melancólico
De uma música quase perfeita
Um negro dedilhar imaginário
Em outra dimensão
***
Harmonias desarmônicas
Um vibrato lento
Longo e dorido
Em um prelúdio
Uma dança, graciosa,
Em belo sorriso perolado
Que iluminando
A noite infinda
Que vai mudar o nosso final
***
Harmonias desarmônicas
Um vibrato lento
E longo
Entre álgidas e hialinas plumas
De cristais quebrados



FALAR COM ALMA


Por Vivaldo Terres (Itajaí, SC)

Quando te vejo na rua!
Esperando a condução,
Com aquele olhar triste!
Dos que lutam...
E sofrem sem explicação.
***
Talvez seja a tua vida!
Um mar de desilusão,
Mas continuas vivendo...
Com mágoa no coração!
***
Com a alma em frangalhos.
Lembrando-se do que passou!
Em casa vendo o teu filho!
Implorando o teu amor.
***
Te ajoelhas de mãos postas...
Pedindo auxílio ao senhor.
***
Falas com a alma,
E o coração!
Com os olhos a lagrimar.
Mas espera com paciência,
Que esse auxilio chegará!


QUANDO TE BEIJO

Por Vivaldo Terres (Itajaí, SC)

Sinto-me feliz por seres,
Tu a mulher por mim amada.
Teu corpo bonito,
Tua tez branca,
Fico alegre de após o amor
Sentires-te realizada.
*
Pois tenho certeza,
Que também me amas.
E que o nosso amor...
Não se confundi.
Até porque ele é maravilhoso,
E porque não dizer:
É ele uma das maravilhas,
Desse mundo.


SEM ESPERANÇA

Por Vivaldo Terres (Itajaí, SC)

Como posso viver sem esperança alguma.
Sem receber de ti um alento qualquer,
 Se ainda lembro, de outros tempos,
Que foram excelentes.
E que eu nem pensava...
Em ti perder mulher.
*
Não sei o porquê de momentos tão difíceis!
Jamais poderia pensar no que aconteceu.
Se sempre te amei...
E te dei meu carinho.
Nem posso acreditar que o nosso amor morreu.
*
Não sei se é porque continua te amando.
Este meu coração simples...
E inexperiente!
*
Não aceita outro alguém,
Mesmo sabendo que talvez este amor;
Retire de mim toda tristeza.
E me faça sorrir novamente.

QUERIDA

Por Vivaldo Terres (Itajaí, SC)

Tu és aquela que num belo dia de sol,
Numa tarde de verão, estavas na praia.
Tão bela que fazias a todos pulsarem os corações.
*
Teus olhos azuis, teus cabelos castanhos.
Teu corpo moreno, que a todos encantava.
E eu bem feliz, porque era o jovem,
A quem tu amavas.
*
E agora por que, que tudo acabou?
Se ainda permaneces na minha retina.
Com esses olhos tão lindos,
Essa boca perfeita e esse corpo divino,
Que a todos fascina.


BELA MENINA

Por Vivaldo Terres (Itajaí, SC)

Onde estás bela menina?
Passo os dias e noites...
Contigo a sonhar!
Como eras bela...
E também radiante.
De ti a tristeza
Não tinha coragem de se aproximar!
*
Pois era tal a alegria que tinhas no ser!
Vivias contente sorrindo a contar.
Os jovens da época...
Olhavam-te de longe!
Pois não tinham coragem de ti se aproximar.
*
Tal era a beleza em ti existente!
Beleza tão grande...
Que chamava a atenção!
Deixando-nos tímidos,
E sem forças...
Pois achávamos...
Que não era para nenhum de nos...
O teu coração!
   *
Hoje analisar a minha vida...
Foi que eu pude perceber!
Que eu nunca deixei de amar.
A nossa cidade.
E que sempre te amei
Embora sem saber.  


SAUDADES

Por Vivaldo Terres (Itajaí, SC)

Quantas saudades!
Dos teus doces beijos...
Quanta saudade de beijar-te a boca.
Minha alma chora...
Ao recordar essas lindas lembranças,
Por saber que esses belos momentos!
 Que só contigo iriam acontecer,
Por eras tu...
A dona do meu ser!
*
Pois lutei feito guerreiro numa batalha!
Que por mim...
Não foi vencida, fui derrotado!
Mas consciente que mesmo perdendo...
Fui o vencedor!
Por ser em pro da nossa felicidade,
E do nosso amor.
*
Mas Deus que tudo pode.
Não permitiu!
Que esse amor...
Entre nos permanecesse.
Hoje vivo de lembranças!
*
Cujos momentos foram belos...
E me sinto um privilegiado,
Por esses belos momentos.
Serem vividos contigo!


APÓS A NOVELA

Por Vivaldo Terres (Itajaí, SC)

Após a novela de banho tomado,
Te deitavas no leito fingindo dormir,
Mostrando a nudez desse teu corpo lindo,
E de minuto a minuto chamavas por mim.

E eu ocupado na escrivaninha,
Escrevendo versos de amor
Que não eram pra outras, e sim para ti...
Não via a hora de terminar a inspiração,
Para em teus braços eu me comprimir.

Pois sentia o perfume de todo o teu corpo,
Fragrância divina que vinha de ti,
Nesses minutos de santos e puros desejos,
Eu não via a hora de te possuir.

Após o trabalho por mim terminado,
Eu também fingia que estava a dormir,
Sabendo que estavas loca de desejo...
E eu já no leito, chamavas por mim.

E de repente num súbito instante,
Não mais podendo resistir...beijei tua boca,
Acaricie teus seios
E te penetrei tal, o desejo que havia em mim.

Beijei o teu sexo molhado,
Sugando o líquido extraído de ti,
A cada carícia no mesmo exercido...
Embora se não quisesses,
Não terias como resistir.

Aquela noite foi maravilhosa,
Extraímos todo desejo...
Que em nós existia, acordamos exaustos...
Com o sol na janela avisando-nos,
Que já era um novo dia.


VOLTA PARA MIM

Por Vivaldo Terres (Itajaí, SC) 

Como viver sem ti!
Na minha vida...
Se ainda sinto com tremendo ardor,
Nossos puros e divinos momentos.
Todos eles inspirados...
Pelo amor.
*
Como não sentir...
A falta do teu beijo!
E o bater do teu coração,
Como viver sem ti na minha vida...
É a mesma coisa!
Que não ter o pão.
*
Volta para mim...
Oh flor do meu jardim.
Jardim esse...
Que não existe mais flores.
*
Até porque eras tu...
A maior essência.
Com a tua partida!
Acabou o jardim.
Morreram as flores.


QUANDO O AMOR ACABA

Por Vivaldo Terres (Itajaí, SC)

Quando o amor estiver definhando,
                                      E a tristeza no peito morar,
Não se iluda com falsas
Promessas,
São quimeras e só vão complicar.
*
E se o beijo já não existe, e se desviam o olhar!
 Se o diálogo já findou,
E se não tem mais nada para conversar
É porque o amor já não há.
*
Quando o amor acaba,
 O coração diz não,
 Isto porque já não existe na alma.
Afeto, ternura, meiguice e compreensão.



SONHO DOS MEUS SONHOS

Por Vivaldo Terres (Itajaí, SC)

Que sonho louco!
Que loucura imensa...
Apesar de seres comprometida...
Um beijo teu.
Um só carinho,
Já modificava a minha vida.
*
Vem minha amada,
Sonho dos meus sonhos.
Que eu te espero o tempo que for,
Apesar de louco de desejo...
Quero demonstrar-te o meu amor.
*
Ó bela que ainda... Distante te vejo...
Como se estivesses junto a mim!
Eu contigo no meu leito,
Desfrutando tudo de bom...
Que pertence a ti.
*
Afagar os teus cabelos lindos!
Beijar-te a boca...
Sugar o mel por mim desejado!
Ficar estático...
Diante da tua face linda!
E dos teus belos olhos esverdeados.
Mesmo sabendo ser pecado.


QUERIDA

Por Vivaldo Terres (Itajaí, SC)

Tu és aquela que num belo dia de sol,
Numa tarde de verão, estavas na praia.
Tão bela que fazias a todos pulsarem os corações.
***
Teus olhos azuis, teus cabelos castanhos.
Teu corpo moreno, que a todos encantava.
E eu bem feliz, porque era o jovem,
A quem tu amavas.
***
E agora por que, que tudo acabou?
Se ainda permaneces na minha retina.
Com esses olhos tão lindos,
Essa boca perfeita e esse corpo divino,
Que a todos fascina.


MÁQUINAS HUMANAS DO SÉCULO XXI


Por Clarisse da Costa (Biguaçu, SC)                                        

            Não é a tecnologia. As pessoas que se tornaram máquinas. Daqui algum tempo vão atrás do Mágico de Oz a procura de um coração. Porque sentimento hoje em dia parece mais rabisco de um poeta do que um coração humano que sente de verdade.
            Ao invés do ‘’turo turo’’ do coração que tanto se falou na canção que diariamente tocava nas rádios na minha saudosa juventude o que toca é o celular. As pessoas saem com eles nas mãos e não desgrudam os olhos, ali nem sequer tem uma cola do tipo que as artesãs usam em seus trabalhos manuais.                                                                  
            Eu mesma uso muito o celular, mas entre um papo virtual e um bom papo ao vivo, prefiro estar cara a cara com a pessoa. Ou então num beijo bem gostoso. A realidade é cruel às vezes, mas é nela onde se encontra vida. Ou você achou que aqueles ‘’likes’’ te trariam vida, atenção, amor e afeto? Acorda. Infelizmente Natal não é todo dia.                                                                                                                                        
            É tão fácil brincar on-line, as pessoas acham que podem fazer tudo até ser o que elas não são. Sinceramente, eu prefiro ser eu mesma, até mesmo porque ‘’faz de conta’’ só existe no mundo da fantasia. E eu nem sei como se chega lá. Você sabe?