Por Márcia Duro Mello (Bagé, RS)
Mais duas estações riscadas
na folhinha da vida.
É o tempo hibernal!
Ele escorre no cotidiano:
hora gota a
gota,
hora em profusas cascatas.
Goteja o inverno...
No calendário, agoniza o ano;
mas o vento bate nas esquinas;
e a caneta , encantada,
procura palavras como setas.
O inverno bate à porta!
Não há quase tempo,
ele voa com o
vento!
Arrancou-se a folha do calendário;
e as imagens ficam nas lembranças
da realidade e do imaginário.
A geada, pelos pés, é quebrada...
Minha alma fica congelada!
O que marca são os fatos,
são os atos,
são as chamas, na lareira,
que brincam com nossa memória
para, depois, hibernarem...
(Marcia Duro
Mello é presidente do Movimento dos Escritores Bageenses – MEB)
Nenhum comentário:
Postar um comentário