Por Ayeza Maria Ranquetat Ferreira (Bagé, RS)
Vento minuano como lobo uivando
nas frestas da janela e nas campinas vastas.
Arrepio perpassando, corpo congelando,
o sangue escasso nas artérias gastas.
O tempo frio, no inverno sulino,
traz anúncios de geadas,
branqueando campos qual cristal reluz!
Gelo enfeita galhos esqueléticos;
árvores despidas de folhas sepultas
são açoitadas, sem piedade, em dias invernais.
Dias frios e úmidos de garoa mansa
cascateiam com brancura
e a cerração avança , castiga e ofusca...
Lareira crepitante de fogo e brasa
aconchega em
amor e ternura.
O inverno transmuta em oração,
momento consagrado de paz e comunhão.
( A autora é membro do Movimento dos Escritores Bageenses - MEB )
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