Por Marcelo de Oliveira Souza (Salvador, BA)
De repente explode a contaminação...
Vem uma grande correria,
Uns dizem que foi proposital,
Uma doença que não é normal.
Ela põe o pé no Brasil,
Numa comoção que nunca se viu...
O medo vira pânico, muita gente partiu...
O tempo passa, chegando o verão,
Nas ondas o povo surfa
Sem nenhuma, consideração.
As festas pipocam até no lar
Amigos, amantes, em todo lugar...
Estarrecido pergunto
Se esse é o
momento...
Vamos nos conscientizar!
A miséria assola,
O desespero vem na cola,
Mas o povo comemora
Nas festas e praias,
Inconsciência, decola.
Amigos, amantes fora de hora,
O mundo gira de outra forma,
Amantes, morrem agora,
Ou têm os Filhos da Pandemia sem hora.
Em meio ao desespero funéreo,
Tem o desespero do parto,
Na agonia da pandemia,
Grita mais uma mãe, de dia
E mais uma filha na noite da agonia...
Uns nascem dessa guerra
Outros morrem
Beijam a terra,
Esse triste saldo encerra
Nas facetas insensíveis
Desse povo que erra...
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