Por Delasnive Daspet
Não há borboletas voando
Ou pássaros cantando.
A superfície do lago esta calma, morta.
Nenhum mergulhão madrugador
Corta os céus.
Nenhum zumbido de inseto.
O vento não corre entre as árvores.
As folhas não farfalham.
A água não bate na praia.
A beleza, alimento d'alma,
já não existe...
Tão quieto o mundo,
Ou será só o meu?
O mais leve ruído quebraria
A camada do gelo que me cobre !
Ainda assim, há a lua.
Todas as noites.
Soturna, pálida, bela.
Só ela não muda o encanto.
É a ausência que tudo cala.
É o vazio que preenche o espaço.
É a força do nada que se avoluma.
É a mesquinhez que se agiganta
E nos apequena...
Ainda assim há a lua...
Todas as noites sento
Ao pé do salgueiro
A beira do lago
Fico em silêncio e ouço.
Escuto a vida,
Palavras lindas murmuradas
pelo vento.
Eu também te sussurro e peço
Que não demores, e que chegues
Nos raios do luar que comigo
Espera....Há a lua, sempre!
Sobre a autora:
Delasnieve Daspet é natural de Porto Murtinho, MS . É poetisa, advogada e faz trabalho social com menores carentes, em Campo Grande-MS. Publicou e preside a FALA-MS - Federação das Academias de Letras e Artes de MS. É Embaixadora Universal da Paz, Embaixadora do “Movimiento Poetas del Mundo” para o Brasil e proprietária dos sites:
www.delasnievedaspet.com.br( referendado pela UNESCO )
www.pantanalms.tur.br ( referendado pela UNESCO)
www.lunaeamigos.com.br ( referendado pela UNESCO)
www.ebooklunas.com.br
www.onlinebook.com.br
http://br.egroups.com/group/LunaeAmigos
(Publicado originalmente na Revista Cerrado Cultural nº 4/2009)
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