Por Gislaine Canales
Peço aos irmãos, aos filhos e aos amigos,
que no dia em que a morte me levar,
não ponham o meu corpo nos abrigos
cimentados, tão frios e sem ar!
Na solidão eterna dos jazigos
é lugar onde não quero ficar!
Silêncio e solidão serão castigos
e minha alma quer livre navegar!
Por isso eu peço aos que me querem bem,
levem meu corpo, longe, até o mar,
onde haja céu e água e mais ninguém!
Nesse lugar azul, só de beleza,
joguem ao mar, o que de mim restar,
quero ser parte dessa natureza!
(Publicado originalmente na Revista Cerrado Cultural nº 05/2009)
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