Por Samuel da Costa (ALB, Anápolis, GO)
O velho cidadão
cordial
Ser artificial
Que sabe o seu devido
lugar
No tempo e no espaço
Imutáveis
Insuperáveis
Inimagináveis
***
Mas sou negro sim
Sou preto sim
Novo cidadão
consciente
Pois a minha epiderme
Tem a cor da noite
Cheira o velho mundo
***
Sou eu sim
Negro como a noite
Mas puro como o dia
***
O ser cordial?
Artificial?
Perdeu-se no meio do
nada
Envolto em coisa
alguma
Exilou-se
E não volta mais
Nunca mais
***
Mas ser insubmisso
submergiu
No oceano do
inconformismo
E emergiu
No mar da tranquilidade
Em meio a muitas
incertezas
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