quarta-feira, 1 de junho de 2016

AMANHÃS

Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)

Chamado não me apresento
ausente me faço distante
no amanhã repetido

inconsciente o preso se dirige
ao murmúrio inaudível:

escolho a pílula com que deito
e sonho silêncios
irrefletidos
dos amanhãs
nauseabundos
das canções: ofuscadas
clareiras dormentes

nos adormecimentos.

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