Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)
Pediu-me
Desesperadamente
Para eu por na mítica eletrola
Um etéreo long-play
***
Murmurejou absoluta
Com o dilacerante negro olhar
Para eu apagar
Todas as celestiais luzes
Da zíngara alcova
***
Sussurrou magnanimamente
Com as nevoentas mãos
No meu ouvido
Que eu acendesse o cósmico abajur
***
Elevada
Pelas eburneas areias do Dasht-e
Kavir
Enlaçou-me
Com os negros cabelos
E inundou-me assim
Com os eremíticos canticos
desérticos
Com todos os infindáveis
Sidéreos orientais mistérios
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