Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)
Eu
penso na longa marcha que os movimentos sociais das minorias de poder fizeram
até aqui. No que a dita oficialidade, o Brasil oficial para alguns, abriu de
espaços para as minorias de poder, o Brasil real para os outros. Os espaços em
câmaras setoriais nas municipalidades Brasil afora. Eu penso nos muitos
encontros, foros, fóruns de debates, nas grandes mobilizações de rua nos
grandes em centros urbanos, nas capitais estaduais e na capital da federação.
Eu penso nos espaços que os partidos concederam nas suas estruturas de
internas, setoriais das mulheres, negros, LGBT, indígenas, sindicais,
estudantis e por ai a fora.
Eu
penso e penso muito nos debates nas academias, defesas de teses e estudos
afins. E nos enormes avanços, nas últimas décadas, com governos progressistas
municipais, estaduais eleitos e na tomada do governo central por forças
progressistas via voto popular. Nos muitos prefeitos, governadores e
parlamentares eleitos gays, lésbicas, negros, mulheres, indígenas, operários e
por a fora eleitos via voto popular.
Para
que serviram e para quer servem agora diante do avanço de um caboclo
neofascismo brasileiro. Liderado por uma figura controversa, para dizer o
mínimo. Um neofascismo à brasileira, sem líderes, sem organização, sem partido,
um movimento de extrema direita espontâneo por fim. Com uma agenda grotesca,
até para os padrões dos seus similares europeus.
Penso
se não foi por brincadeira, ou foi de verdade os nacos de espaços de poder
ofertado para as minorias de poder até aqui. Se foram espelhos dados como
presentes para a gente carregar o pau Brasil para os galeões rumo as metrópolis
para enriquecer o rei e a rainha.
Por Samuel da Costa cidadão
brasileiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário