Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)
Inútil fazer de conta
as bruxas podem
estar soltas
nesta noite
seus risos de escárnio
seus dentes faltantes
seus olhares tortos
em dissimulações
presentes na oração
em que o coração confessa
o dia: a noite chega
no gargalhar que nos faz
medo e desgraça
inútil fechar as portas:
cobertas não protegem
do frio na solidão do corpo.
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