Por
Humberto Pinho da Silva (Porto, Portugal)
A Condessa Maria Droste Zu
Vischering – nasceu em Munster a 8 de Setembro de 1863, (Alemanha.) Foi
religiosa, no Convento do Bom Pastor, no Porto – Rua do Vale Formoso, – onde
faleceu a 8 de Junho de 1899, no dia da festa do Sagrado Coração de Jesus.
A Irmã Maria – como é
conhecida, carinhosamente, na cidade do Porto, – chegou a Portugal, a 24 de
Janeiro de 1894, vindo a ser Superiora do Recolhimento do Bom Pastor.
Era alegre e queria que todos, que com ela
convivessem, fossem felizes.
Mantinha, no seu quarto – hoje
transformado em capela, – intimas conversas com Jesus.
A seu pedido, com autorização
de D. Teotónio Vieira de Castro – seu confessor, – escreveu a Leão XIII, para
que consagrasse o Mundo, ao Sagrado Coração de Jesus.
Impressionada pelas cartas da
Irmã Maria, e íntimas conversas com R. P. Lemius, Diretor Nacional de
Montmartre, a Princesa Isabel, filha de D. Pedro II, resolveu vir a Portugal,
no propósito de erguer basílica, em honra do Divino Coração.
O local escolhido, era a cidade
do Porto, no Convento onde a Irmã Maria, vivera.
A ilustre e bondosa Princesa,
deslocou-se ao Paço Episcopal do Porto, para expor, a D. António Barroso, o seu
desejo. Partiu, depois para Lisboa, a fim de cumprimentar a Rainha D. Amélia.
Constatou, porém, que o projeto
era inviável, nem necessário, visto já existir, em Lisboa, basílica consagrada
ao Divino Coração.
Nos anais, da Congregação do
Bom Pastor, no Porto, consta que a Princesa efetuou uma visita à Comunidade,
para conhecer o local onde vivera a bem-aventurada.
Traslado do francês, para
melhor compreensão, e quase formalmente, o que reza o velho manuscrito:
“ A Senhora Condessa d’Eu
veio fazer-nos uma primeira visita, quinta-feira, 26 de Novembro (1903). Nesse
dia conversou longamente com a Madre M. Jesus. Sua Caridade fê-la visitar toda
a casa: as nossas classes e os nossos jardins. A Senhora Condessa pareceu muito
satisfeita e pediu o favor de voltar no dia seguinte, sexta-feira, ouvir a
missa na nossa humilde capela e receber a Santa Comunhão, querendo comungar no
mesmo lugar em que a nossa digna Madre tinha recebido as suas graças do Divino
Coração. No dia seguinte, pelas 8 horas a Senhora estava no Convento com a sua filha.
Durante a Santa Missa a Comunidade executou alguns motetes de circunstância.
Depois deixando a capela, dirigimo-nos ao locutório, onde foi servido modesto
almoço e a Senhora Condessa deixou-nos, dizendo-nos quanto estivera feliz por
ter visitado estes lugares, onde o Divino Coração se tinha manifestado e
deixou-nos como lembrança uma generosa esmola”.
A concluir, devo ainda
esclarecer: a Irmã Maria, foi beatificada, a 13/02/1964; e é venerada, por
muitos portuenses, que recorrem a ela, como intermediária, junto de Deus.
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