Por Ridamar Batista
Da janela vejo o frio
Queimando o rosto das gentes
Perambulantes, vadias
Sem vontade de chegar
O cigarro aceso nos lábios
O vento está a tragar
E venta de sul para norte
Em tempestades, tormentas
Encrespando as ondas do rio
Enlouquecendo o mar
As nuvens sombrias descrevem
Lições tão fáceis de ler
A borrasca ainda persiste
É tempo de se esconder.
E se o poeta perguntou
“Mudei eu, ou muda o tempo”
Eu digo que tudo mudou.
Aqui dentro da cabana
Já não faz tanto penar
O vento que sopra molhado
Não esfria nossa cama
Temos muitos apetrechos
Temos toda proteção
A casa está fechada
Da janela vejo tudo
Mas não deixo o frio entrar.
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