segunda-feira, 12 de setembro de 2011

OBSÉQUIO

Por Pedro Du Bois (Itapema, SC)

Obsequio o soneto: digo em versos,
o muro erguido em tijolos diversos
guarda espaços inatingíveis, empilha
frutos ao relento. Recubro o soneto em ventos
soprados na expressão do verbo. Realizo
em sons o tormento do mar sobre as pedras.
Sobre as pedras ergo o muro: tijolo
resultante do cozimento do barro; início
cristalizado separa mundos: declamo
obsequioso o soneto. Silencio
paredes e portas em adjetivos.

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