Por Sandra Fayad
Choro por ti, rastejante Tamanduá!
Queimado vivo sob os olhos do Poder.
Choro por ti , pequeno Preá!
Não tiveste chance de amanhecer.
Choro por ti, dourada mãe Sabiá!
Sem asas para teus filhotes acolher.
Choro por ti, esperto Lobo Guará!
Sem Lobeira, não podes sobreviver.
Choro por ti, Ipê roxo... rosa...verde... amarelo...
Faixas de luto na minha bandeira ambiental.
Choro por ti, Pau d’alho... Pau terra...Marmelo...
Soldados feridos, combalidos, tombados.
Choro por ti, Buriti... Pequi... Murici...
Óleo negro, incandescente, chamuscado.
Minhas lágrimas – gel petrificado;
Meu ar - fuligem da grande chaminé;
Meu consolo – respirares o mesmo ar;
Minha vingança - saber-te intoxicado.
Quem sabe agora te mexes, “Consommé”?
Quem sabe proteges o cerrado?
(Visite a página da poetisa Sandra Fayad:http://sandrafayad.prosaeverso.net)
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