Por Ridamar Batista
Ah! quem dera
o tempo fosse primavera
nos dias que se vão
levando o sonho e a ilusão
de quem anda perdido por aí.
Quem dera
fosse a vida primavera
em flores soltas pelo chão
cobrindo os passos da estrada
fazendo lindo este rincão.
Fosse quem fosse aquele
que passa em solidão
pudesse achar abrigo
e receber comigo
os afagos aperto de mão.
Fosse a tarde que pressagia
a escuridão tamanha
das noites mal dormidas
assombrando almas
solitárias e sofridas
de uns e outros náufragos esquecidos
em busca de um tempo bom.
AH! quem me dera
fosse primavera
em roseirais de pétalas ao vento
a perfumar desejos e quimeras
a enfeitar madeixas juvenis
que voam como borboletas azuis.
Sobre a autora: Ridamar Batista é escritora e poetisa e Presidente da Academia de Letras do Brasil-ALB, Seccional Anápolis, GO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário