Quem sou eu,
este ser inerme,
que faz da voz,
arma contusa?
Quem sou eu,
este ser inerte,
que mexe, remexe,
látego impiedoso?
Quem sou, afinal,
este ser sereno,
que num ímpeto se faz,
irascível mordaz?
Oh, cruel, inominado e controverso ser,
Verso, reverso, homo erraticus et
perdidit!
Acaso uma criatura?
Erro da Criação,
insigne animal,
pedestal de areia?
Quiçá um dia,
de tanto me procurar,
alcance, almejo,
lugar pra descansar.
Desta busca infindável,
deste contínuo rebuscar.
Neste dia, quiçá, porvir,
Deus se ponha a me perdoar.
(Florianópolis, Distrito (In)dependente de Ratones, 17.05.2012)
Prezado Amigo Paccelli,
ResponderExcluirAgradeço-te imensamente a deferência na publicação.
Deus te abençoe,
Caminha