Mas meu Deus, por que mundos se meteu,
Tomou talvez por que caminhos tortos,
Certo menino meigo que fui eu?
Por que mares singrou, de tantos portos?
E as imagens de si, tão altas, seu
Cismar de olhos de então, no céu absortos,
Tudo foi para sempre e se perdeu?
E os sonhos que ele tinha, estarão mortos?
Buscando esse menino me procuro,
Pois penso ser de novo o que já fui,
Mas tudo para trás é tão escuro:
Porém vai o menino renascer
Depois em mim no tempo que deflui:
Somos aquilo que pensamos ser.
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