Caminho sem entender meus passos,
Premida pela distância da estrada,
Envolvida nos segredos que guardei,
E mesmo assim tão exultante sempre!
Ao redor o mar a comentar mistérios
Que deixei entre suas águas profundas,
Quando emergi plena e exuberante,
E experimentei sua verde profundidade.
No chão as pedrinhas que contei,
Extasiada pelo brilho que despontava,
Fascinada, deixei-as onde estavam,
Na esperança que me guiassem na estrada.
O vapor que da calçada se desprendia,
Lembrava-me os dias quentes do verão,
O colorido vibrante que salpicava as ruas,
as lojas multicores e o eco de uma canção.
.
Minhas pernas nuas ao sol tão ardente,
Que fora sempre calmante e amigo,
Luminosidade de doce efeito térmico,
Tocando e acalmando minha pele.
O céu que eu admirava em noites de beleza,
As estrelas ainda escondidas na claridade,
A lua oculta esperando horas de amor,
E o crepúsculo que ainda não aparecia.
E assim exaurida pela poesia dessa hora,
Buscava em mim o encanto enclausurado,
Que expandia em momentos de paixão,
E que agora esplendoroso renascia.
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