quinta-feira, 1 de outubro de 2015

EM TEDIOSAS HORAS

Por Samuel da Costa (Anápolis, GO)

O poeta do entre séculos
Reunisse...
Aos seus pares de belas-artes
                E em um solene brinde
As taças foram erguidas
O fino cristal queimou os lábios de todos
Ali presente...
E o absinto incinerou lhes os lábios
Levemente!
***
O poeta do entre séculos...
Observou a realidade contemporânea
Com seus olhos de não ver
A pós-moderna que o circunda
E não enxergou nada
***
O poeta do entre séculos
Abriu todas as janelas
As alvas cortinas...
E olhou de forma magnânima
E solene...
 Do alto da torre de marfim
Com os olhos de não ver
E não enxergou nada


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