Por Erwelley C. de Andrade (ALB,
Brasília, DF)
Como
chuva de horrores diante dos nossos olhos, a vida passa e a morte atraca. Como
se estivéssemos cegos, apenas movemos os olhos de um lado para o outro e nada
mais. O arguir nos petrifica e continuamente ata os nossos pulsos diante de
tamanha destruição humana.
Os
corações desacelerando cada dia mais, as máquinas agindo em total liberdade, e
os vagões inundados de zumbis e mestres na arte da ignorância. O que outrora
traduzia amor, simplesmente cessou!
As
lágrimas secaram das faces marcadas pela guerra.
O
medo é o vizinho mais próximo. Ladrões já não tem "tarjas"!
A
matança é justificada pela falta de equilíbrio religioso!
De
sorte que alguns ainda sintam algum sentimento, devolvam carteiras perdidas,
deem a mão a uma criança faminta.
Como
traças mutantes, homens assumem o lugar de verdadeiros monstros, maquinando o
dia e a hora exata em que a bomba nuclear será lançada diante de uma "raça"
que prediz seu destino e traça suas próprias linhas fúnebres, almejando o tão
esperado repouso.
Crianças
são arremessadas ao mar, mulheres e homens sendo carregados por suas almas
miseráveis, vidas envolvidas em lençóis
de seda cheirando a enxofre.
O
mal carrega doses de insanidade que "HUMANO" algum conseguirá
reverter os efeitos. E como lama, serão varridos rumo as corredeiras da morte
sem que possam gritar por socorro.
O
que restará diante do eclipse que envolve as visões e transfere terror por onde
passa?
Quanta
migalha sobrará para alimentar bocas de milhares de mortos de fome culminados
pela antítese secular que se alastra pela face da terra?
O
poder estará enterrado juntamente com suas facções; o dinheiro já não comprará
ideias, tão pouco pagará pelo silêncio dos que gritam por justiça.
Como
chuva de sangue, todos serão lançados diante de um juízo que jamais foi visto
ou ouvido, e como grãos de areia serão arrastados, cada um será colocado em seu
devido lugar! Do ser humano o que restará?
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