Por Erwelley C. de Andrade (ALB,
Brasília, DF)
Não sei o que te assusta,
Ou o que te impede de me ver.
Às vezes quando estou sozinha no meu
quarto,
Lembro-me do teu rosto e choro,
Porque nunca te vi sorrir.
Pai, seus olhos são tão bonitos,
Seus cabelos lisos e macios.
Como eu gostaria de acariciá-los,
Mas não posso porque sequer olhas
pra mim.
Não tenho lembranças de contigo
brincar,
Tu nunca me viste chorar.
Pai, o que fiz para que tenhas medo
de se aproximar?
Nas reuniões da escola, gostaria que
estivesses lá,
Pra veres o quanto sou estudiosa,
Mas sua assinatura nunca esteve na
minha folha de chamada.
Pai, quando me olho no espelho,
Vejo tanto de ti em mim! Como seria
bom
Nós dois juntos encontrando a
aparência do nosso ser.
Estou crescendo tão depressa e,
Nem sei direito o que é ter um pai.
Nos vemos tão pouco,
E quando estamos lado a lado,
Fico contente por esperar ansiosa
por um beijo teu.
Um afago em meus cabelos, uma
palavra de carinho.
Pai me ame enquanto há tempo,
Preciso de ti por perto.
No dia do meu aniversário,
Fico horas ao lado do telefone
esperando sua chamada,
Mas quando acordo, já é tarde e
outra vez,
O senhor esqueceu que estou me
tornando gente grande.
Já sonhei tantas vezes contigo,
pertinho de mim,
Correndo na rua, me ensinando a
cantar.
Pai, não perco a esperança de um dia
te ver
Amando-me do jeito que eu sempre
sonhei.
A vida é tão curta, passa depressa,
Não deixe passar, o amor que eu tenho
A te oferecer, está dentro do peito,
Querendo saltar.
Prometo orar todas as noites,
Para o nosso Senhor te dar cada dia,
O amor e a paz, que almejo pra ti,
Saúde e alegria, e sempre sorrir...
Nenhum comentário:
Postar um comentário