Por Jorge Amâncio (ALB, Brasília,
DF)
ele entra
passa a roleta
senta no corredor
ela na janela
segura a bolsa
com um tesouro
ou
sete corações
transplantados
ele
sorri para ela
ela
desagua em suor
a tremer os lábios
a querer falar
a apertar a bolsa
a sufoca-se
ele a toca
preocupado
cuidadoso
ela
num suspiro
assustador
desfalece
ela
morre de negrofobia
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