Hábitos alimentares engordam o corpo
como opas mal cortadas amorfas em cores
distraídas maneiras de dizer: tenho tantos
anos de estudo e letras conversam comigo
enquanto sereias e siriemas agrestes gritam
músicas e não comem no mesmo prato
do profeta Calam o gole dentro do copo
e hábitos profetizam o futuro passado
ao rasgar caminhos e esfolar joelhos A náusea
nos atinge ao olharmos o outro de soslaio
o lacaio avisa o porteiro indica ao chefe
da corporação em alerta solerte a sorte
invade o castelo No hábito a glória
da continuidade: cravos e espinhos
nas costas em flagelo Secas pancadas
continuadas O corpo emagrece o hábito
é terrível o hálito de quem tem fome.
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