terça-feira, 1 de janeiro de 2019

SILÊNCIOS ABSTRATOS


Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)

Dos múlti-plos silêncios
 Surreais
Que recaem sob nos
Os mais lancinantes deles
São as infindas distâncias
Cósmicas mais-que-perfeitas
Entre os mortais
E a deidades imortais
***
Dos múlti-plos álgidos silêncios
Abissais
Que recaem sob nos dois
Minha negra musa
O que mais dói em mim
É perceber
 A tua pelágica figura
Etérea 
 Valsando ad aeternum
No perdido Éden
Sem mim
***
Dos múlti-plos abstratos silêncios
Equidistante
Que recaem sob nos dois
Afro-deusa
O mais atroz deles
É a celestial equidistância
Entre nos dois



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