terça-feira, 1 de janeiro de 2019

PAISAGEM


Por Napoleão Valadares (Brasília, DF)

A serrania que se não descreve
tinha, mais altos, dois rochedos meio
ensolarados e imponentes (leve
inclinação), que eu avistava em cheio.

Embaixo, o vale – vastidão sem freio –,
que deve os homens encantar e deve
encantar deuses, pôr em devaneio
os que o contemplam, num enlevo breve.

Em meio à luz, um fundo escuro (havia
umas baixadas). E a luz novamente
tomava conta da amplidão. Eu via

uma floresta num pequeno monte,
depois uma descida e, logo à frente,
quebradas, uns relevos e uma fonte.


Nota do Editor: Soneto premiado no Concurso Yoshio Takemoto.

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