Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)
Poderia ser o início da tempestade
insidiosa em que os amigos são trocados
por favores ignóbeis. Rochas partidas
de insípidas mensagens. O outro lado
estabelece as regras. O viés da marcha
desmanchado na estrada e o calor do corpo.
Cessam os lamentos em mentiras
e do nada - o restante - ressurgem
as glórias: por isso são brancos os panos
das entregas. Desonrosa, matemática
em centavos milimetricamente
esperados sob o agasalho. A arena
irrompe mãos apaixonadas pela justiça.
Não eram deles as vitórias em lendas
ouvidas dos mais velhos: o rancor precede
o campo de batalha na ironia do cardo
penetrado em sangue. Olhar tenso
com que se despede na vida destroçada
e a certeza - sim a certeza - do condenado
na tristeza permanente com que olha o amigo.
Caro Zahler, belo trabalho!
ResponderExcluirGrato pelos destaques.
Abraços.