segunda-feira, 1 de junho de 2020

AUXILIADORA DOS CRISTÃOS


Por Márcia Duro Mello (Bagé, RS)

Na luz da manhã,

ao abrir a janela,

no céu de opalina,

vislumbro o manto azul,

o manto de Nossa Senhora.

Tão lindo!

O frescor do orvalho, no jardim,

o aroma das rosas é a delicadeza

do milagre de cada dia.

Mãe de todas as mães;

das mães sois a rainha!

Sentis nossas angústias

e atendeis  nossa ladainha.

Maria Auxiliadora dos milagres,

chorou, sofreu, calou

no mais intenso silêncio;

na cruz, seu filho bebendo vinagre.

Doce Mãe!

Vede nossas avarezas,

orgulhos e vaidades

e mostrai a vossa benta realeza.

Na nossa fragilidade,

entrevimos nossa fraqueza.

Preferimos, muitas vezes, ser soberbos,

rabugentos e impiedosos,

quando nossa mão está ao alcance da Virgem,

para sermos piedosos,

complacentes, generosos

em nosso exemplo e ação.

É o exemplo que vale!

Não a doutrina em vão!

Senhora Auxiliadora da humanidade,

ajudai-nos a vislumbrar a humildade,

a caridade, o afeto,

para que não falemos vários dialetos.

Despedimo-nos da capa negra

da escuridão dos pecadores;

mostramos nossas chagas e dores

e sede nossa mãe de misericórdia!

Na mão esquerda, segura o Jesus menino;

na mão direita, segura o cetro

com o governo de toda a criação,

colocando   todos   nós  no espetro

da divina luz  arcoirizada  de  vossa  devoção.

É a fé que clama mais alto,

no planger  dos  sinos à tarde.

É a chamada de Maria,

na devoção da chama que, ainda, arde.

No vosso  andor de rosas,

só temos a agradecer por serdes tão generosa!

Do alto, nos contempla,

cheirais  a  jasmin  e  rosa.

No bordado dourado do manto,

evoca  o  sol  e  a  luz divina.

E, hoje, em honra  à  vossa  coroa,

vos pedimos numa só voz:

“Auxiliadora, rogai por nós!”

(Márcia Duro Mello é membro do Movimento dos Escritores Bageenses, MEB)

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