Por Márcia Duro Mello (Bagé, RS)
Na
luz da manhã,
ao
abrir a janela,
no
céu de opalina,
vislumbro
o manto azul,
o
manto de Nossa Senhora.
Tão
lindo!
O
frescor do orvalho, no jardim,
o
aroma das rosas é a delicadeza
do
milagre de cada dia.
Mãe
de todas as mães;
das
mães sois a rainha!
Sentis
nossas angústias
e
atendeis nossa ladainha.
Maria
Auxiliadora dos milagres,
chorou,
sofreu, calou
no
mais intenso silêncio;
na
cruz, seu filho bebendo vinagre.
Doce
Mãe!
Vede
nossas avarezas,
orgulhos
e vaidades
e
mostrai a vossa benta realeza.
Na
nossa fragilidade,
entrevimos
nossa fraqueza.
Preferimos,
muitas vezes, ser soberbos,
rabugentos
e impiedosos,
quando
nossa mão está ao alcance da Virgem,
para
sermos piedosos,
complacentes,
generosos
em
nosso exemplo e ação.
É
o exemplo que vale!
Não
a doutrina em vão!
Senhora
Auxiliadora da humanidade,
ajudai-nos
a vislumbrar a humildade,
a
caridade, o afeto,
para
que não falemos vários dialetos.
Despedimo-nos
da capa negra
da
escuridão dos pecadores;
mostramos
nossas chagas e dores
e
sede nossa mãe de misericórdia!
Na
mão esquerda, segura o Jesus menino;
na
mão direita, segura o cetro
com
o governo de toda a criação,
colocando todos
nós no espetro
da
divina luz arcoirizada de
vossa devoção.
É
a fé que clama mais alto,
no
planger dos sinos à tarde.
É
a chamada de Maria,
na
devoção da chama que, ainda, arde.
No
vosso andor de rosas,
só
temos a agradecer por serdes tão generosa!
Do
alto, nos contempla,
cheirais a
jasmin e rosa.
No
bordado dourado do manto,
evoca o
sol e a luz
divina.
E,
hoje, em honra à vossa
coroa,
vos
pedimos numa só voz:
“Auxiliadora,
rogai por nós!”
(Márcia Duro Mello é membro do Movimento dos Escritores Bageenses, MEB)
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