Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)
Nas
medidas de todas as coisas
De
todos os inaudíveis sons
Ao
redor
De
todas as abstratas cores
E
de todas negras múlti-plas
Escuridões
ao meu redor
***
Nas
medidas de todas as coisas
De
todos os sintécticos sons
Ao
redor
De
todas as cores e as não-cores
Ao
meu redor
Um
simples bom dia teu
Para
mim
Já
não me basta
Mussulinossa
negra ninfa
***
Nas
medidas de todas as coisas
Do
meu múlti-verso apoplético
Minha
dulcíssima negra musa
Eu
espero que tenhas venerado
Profundamente
De
todos os vagos versos agrafos
Que
a ti eu dediquei
A
beira da fossa abissal
***
Nas
medidas de todas as coisas
Eu
espero que tu vás até as janelas
Do
ebúrneo palácio das memórias perdidas
E
contemple todos os ruidosos ruídos
E
todos os silêncios profundos
Ao
teu redor
De
todas as cores e as escuridões
Ao
teu redor
***
Nas
medidas de todas as coisas
Espero
que mergulhes
Os
teus delicados pés
Nas
ebúrneas áreas da praia desolada
Que
esvoaces o trigal dos teus cabelos
Ao
sabor dos ventos outonais atlântico
***
Nas
medidas de todas as coisas
Espero
que não interrompas
As
tuas nevoentas quimeras
Nunca
mais divina Luna
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