sexta-feira, 1 de novembro de 2024

UM RAIO DE SOL À NOITE

Por  Elroucian Motta  (Porto Alegre, RS)

  

A voz traz um resquício de verdade

Um gesto sutilmente elaborado

E inda que de tal sorte deserdado

Um esboço, uma brisa de saudade.

 

Quimeras se imiscuem na paisagem

Deixando um rastro de luz e desgosto

Nos olhos um lirismo de Ariosto

No peito um verso triste de Bocage.

 

Tão grande, tão profuso sentimento

A curvatura azul do firmamento 

Lança ao olhar vazio do caminhante.

 

Um facho de sol cruzando o horizonte

Carrega um lastro de esperança e fonte

Sobre a vida em seu pulsar incessante.

 

 Sobre o autor: Escritor, poeta, revisor de textos e tradutor.

 


 

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