Por
A voz traz um resquício de verdade
Um gesto sutilmente elaborado
E inda que de tal sorte deserdado
Um esboço, uma brisa de saudade.
Quimeras se imiscuem na paisagem
Deixando um rastro de luz e desgosto
Nos olhos um lirismo de Ariosto
No peito um verso triste de Bocage.
Tão grande, tão profuso sentimento
A curvatura azul do firmamento
Lança ao olhar vazio do caminhante.
Um facho de sol cruzando o horizonte
Carrega um lastro de esperança e fonte
Sobre a vida em seu pulsar incessante.
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