Por Márcia Sanchez Luz
No ocaso deste acaso em que me vejo,
me perco em muitas curvas longilíneas:
tuas mãos em meus cabelos, benfazejo,
ao som de madrigais nas noites minhas.
Prefiro o teu perfume ao meu incenso
de mirra ou de jasmim quando em teu colo!
Porém quando te afastas, te dispenso.
Não esperes que eu te queira, não me imolo!
E por não ser mentira é que profiro
que a noite não passou de uma cantiga
deixada ao léu depois de alguns suspiros.
Tampouco vou querer ver teu delírio
em busca de um prazer que não mitiga
a sede deste amor que em vão aspiro.
Sobre a autora:
Márcia Sanchez Luz é natural de São Paulo. Formada em Literatura Inglesa e Francesa, é escritora, poetisa, professora e tradutora. É Cônsul do “Movimiento Poetas del Mundo” (Chile) e membro efetivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores “Efigênia Coutinho. Seus trabalhos têm sido publicados no Brasil e no exterior. Mantém o blog: http://www.marciasl2001.blogspot.com
(Publicado originalmente na Revista Cerrado Cultural nº 09/2008)
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