Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)
Os homens fazem fila na porta do
banco
mulheres buscam a água necessária
para a lide diária e as crianças
soltas na terra traçam no ar
brincadeiras na imaginação
do momento em que falam
de sonhos: água farta
na imensidão da casa perdida
naquela terra seca de áridos
sorrisos em ressecadas almas
os homens acreditam
nas promessas de dinheiro farto
mulheres sedentas na caminhada
diária de buscar água e as
crianças
alheias à realidade disfarçam
a fome a sede e a saudade
do que nunca terão.
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