segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A FLORESTA CERRADO

Por Jorge Amâncio (Brasília, DF)

meu coração arde
entristece e chora

Angelim do cerrado,
Jacarandá, Lixeira
Mutamba, Mandioqueira
fogo no cerrado
a floresta abrasada

Dipteryx alata,
Annona crassiflora
Hancornia speciosa
flora nata do cerrado
queima mata preciosa

Caryocar brasiliensis
Zeyheria digitalis
Qualea grandiflora
Pequis, Bolsa de pastor
Pau de terra, Vermelhão

Hirtella glandulosa
fumaça fabulosa
cinzas sobre brasília

Barbatimão
Baru
Buriti
Mangaba
Marmelada de bola
Murici do cerrado
Guazuma ulmifolia

nuvens sobre brasília

meu corpo sente
minha alma chora

a floresta queima.

(Poema composto em 15/09/2008)

O autor: Jorge Amâncio é professor e membro titular da Academia de Letras do Brasil - ALB/DF, cadeira nº 16, patrono Solano Trindade.

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