quarta-feira, 9 de março de 2011

DEVANEIO

Por Alfredo Rangel (Brasília, DF)

Sentava-se ali ao sol,

mal este despontava

e deixava que o dia

escorresse por suas mãos,

por seus olhos,

por sua alma.

Parecia fazer parte da natureza

à sua volta.

Sua voz,

tal qual o silêncio,

ecoava mais do que

se gritasse.

Seu olhar,

fixo no passado,

já não brilhava mais.

A vida, como o vento,

estava já muito longe...

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