quarta-feira, 1 de março de 2017

TURA-MALI VIRIDE (ENTRE A LUZ E A ESCURIDÃO)

Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)

É o brilho límpido
Vívido
Do cristalino olhar
Da Ninféia-Alba
***
São os verdes olhos
Luminescências atrozes
Vorazes
A me fitar
Da sacrossanta diva
Que na densas alturas vive
***
É sempre
Em tediosas horas mortas
E é sempre ela
A lasciva negra dor
Pungente
De ser eu mesmo
E mais ninguém
Que me condena
Ao infinito sidéreo
Da equidistância
Mais-que-perfeita
***
É o brilho vago
Límpido
Vívido
Ebúrneo
Do cândido olhar
Da magnifica Alba
***
Sempre ela
E mais ninguém

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