sábado, 1 de maio de 2021

GRITO INFINITO

 Por Ildefonso de Sambaíba (Brasília, DF)


Mesmo aqui, nestes sules

de uma Capital da Esperança, 

ela se apaga, depois rebrota

como o cerrado, das chamas,

para doar lobeiras ao guará.


Mesmo naqueles desnortes

de um Campo da Esperança,

encova-se, depois transcende

tal yaras que emergissem das

águas sagradas do Paranoá


- mais!mais!mais!


Quando chegar outubro,

sob a aula das aflitas cigarras,

saberemos romper o silêncio,

com um grito... ... ...infinito!


E quando chegar abril

(dia 21, ano 21, século 21),

no cenário de aniversário,

cá ainda estará, Esperança?


- Esperar, sem desesperar.


(Poema ganhador do "Prêmio Alan Vigiano de Literatura", promovido pelo Sindicato dos Escritores do Distrito Federal e pelo Instituto Fazer o Bem)

Nenhum comentário:

Postar um comentário